14 dezembro 2007

Fases da Lua

Regresso.
Bato-te na cara
Chamo-te vadia
Faço de ti minha PUTA

Regresso.
Abraço-te com força
Olho dentro dos teus olhos
Faço sentires-te AMADA

Regresso.
Algemo os teus pulsos
Ponho-te de joelhos à minha frente
Faço de ti minha ESCRAVA

Regresso.
Deito-me na tua cama
Possuo o teu corpo
Faço de ti MULHER

Regresso.
Atiro-te ao chão
Puxo os teus cabelos
Faço de ti minha CADELA

Regresso.
Para ti o meu sorriso mais lindo
Acaricio o teu rosto
És ESPECIAL para mim.

Regresso.
Bato-te
Uso-te
ABUSO de ti.

Regresso.
Beijo-te na boca
Provo o teu sabor
És DESEJADA

Regresso.
Faço-te gemer de prazer
És MINHA.

(autor desconhecido)

31 comentários:

Anónimo disse...

E tu a dares-lhe!
Bem, eu também acho que as nossas alturas críticas se situam a meio das fases lunares. E cá estamos nós entre a lua nova e o quarto crescente.
Mas não sei... Já pensaste em praticar uma arte marcial? talvez te ajudasse a libertar dessas explosões.
Tirando a parte violenta, está tesudo, pronto. Se está, também não ia dizer que não está.
sinuosa

Isabela Figueiredo disse...

Bolas, nunca consigo meter um comentário antes de ti, Sinuosa. Estás sempre ligada nisto, ou quê?

Ah, Trolha, ganda leão. Isso é que é paixão, hein?
Não devias ter sido vil com a Sinuosa, no passado. Porque se percebe que vocês tiveram algo que acabou.
Se a tivesses tratado bem poderia ser que ela hoje fosse a tua amada, a tua mulher especial e desejada, a tua "tua", e talvez ela te deixasse seres a puta dela, e o escravo e o cão, e provassem o sabor e gemidos mútuos.
Erros teus...

Isabela Figueiredo disse...

Só para lembrar que não vale a pena lembrares que o autor é desconhecido. Eu li, darling.

Anónimo disse...

ahahahah+ahahahah
Uns arrebates de paixão, queres tu dizer, Isabela. Mas que podem reacontecer a qualquer momento. As coisas que não guardamos, e porque nunca as guardamos, nunca perdemos, andam por aí.
Mas ele deve ter caso novo. Hum hum. Não temos falado quase nada, e um entusiasmo assim não cai do céu. Quem é, Trolha? Achas que eu vou aprovar???
sinuosa

Isabela Figueiredo disse...

Trolha, é imperativo que reveles no blogue tudo sobre o teu caso com a Sinuosa. Quero saber de que lado estou. E quero ouvir a sua versão dos factos.

Anónimo disse...

Eu também quero! :-P

Anónimo disse...

Eu quero é saber das novidades!!
Deita e conta, Trolha! Please!
sinuosa

Trolha disse...

O trolha não tuge nem muge. Vai manter-se calado que nem um rato.

Anónimo disse...

My God....mas tu não controlas estas miudas?

LC

Trolha disse...

Não controlo não, informaníaca.

De outra forma, elas não se dirigiriam a mim de forma ostensiva e desafiadora como o fazem.

Não é bom nem uma mulher se sente realizada como MULHER não se sentir «presa» de alguém.

Infelizmente,abundam por aí mulheres «soltas» à procura daquele que as dominará como elas fantasiam ser dominadas.

Anónimo disse...

"Não é bom nem uma mulher se sente realizada como MULHER não se sentir «presa» de alguém.".Acrescentaria: mas também adoro ser predadora!!

Sinuosa:"As coisas que não guardamos, e porque nunca as guardamos, nunca perdemos, andam por aí.".Gostei muito deste pensamento. Tenho , por hábito, guardar tudo muito bem guardado, mas tenho uma "gaveta" que teima em estar desarrumada...

Carpe Diem

Trolha disse...

carpe diem, cada dia me surpreendes de uma forma diferente.

Tu despertas a minha curiosidade, tu despertas a minha imaginação eu sei lá o q tu despertas em mim ...

Trolha disse...

sinuosa, tb gostei muito do teu pensamento.
Sabes pq não te tinha dito nada até agora?
Para não ficares a pensar coisas.

Morena disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Isabela Figueiredo disse...

Então, respondes ao mulherio todo e não tens nada para me dizer a mim? Uma leitora atenta do teu blogue que te traz para aqui milhares de leitoras?!
Agora que eu estava mesmo a pensar deixar-me ser a tua presa para me sentir realizada?!
Não acertas uma.

Trolha disse...

Minha querida amiga Isabela, eu quis experimentar-te.

Sabes pq te «ignorei»? Pq me chamaste darling num dos teus últimos comments, lembras-te?

Tens de te habituar ao meu «jogo» mental. Sou bom jogador de xadrez.


Besos mojados donde mas te gusta!

Anónimo disse...

Eu não penso mais que tu, Trolha: sei o que tu queres tão bem como sei o que eu quero. Podes dizer-me tudinho, porra!!!
sinuosa

Isabela Figueiredo disse...

A Sinuosa tem uns comentários sempre muito acertados a seguir aos teus, DARLING.
O teu jogo mental é tão complexo que me faz sorrir benevolentemente, SWEETHEART.
És bom jogador de xadrez mas só a perder, KIDUCHO.
Experimenta-me toda, toda, de cima até abaixo e sem dó nem piedade, FOFO.

Trolha disse...

Isabela, meu amor, eu acho, mas acho sinceramente, q sei qual é o teu problema e como resolver o teu problema.

Um dia com calma fala com a tua psicanalista e apresenta-lhe o seguinte:

- Há um trolha q me propôs manter-me fechada num quarto durante 24 horas só para fazer amor comigo.

E pergunta-lhe se esse tratamento de choque seria ou não eficaz para resolver de vez todas as tuas angústias.

Anónimo disse...

Olá a todos.Lindo poema , desperta em mim desejo :)
E em jeito de agradecimento :

Operário em construção

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento

Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em construcão.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma subita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Nao sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua propria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele nao cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Excercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edificio em construção
Que sempre dizia "sim"
Começou a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que nao dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uisque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução

Como era de se esperar
As bocas da delação
Comecaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
- "Convençam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isto sorria.

Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porém, por imprescindível
Ao edificio em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo contrário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ver
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Nao vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martirios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construido
O operário em construção

Vinicius de Moraes

Beijos com admiração

Trolha disse...

iris, levei um tempão a ler o poema.

Mas retive uma ideia que atravessa transversalmente todo o texto: ao trolha (obreiros da construção em brasileiro)está reservada a nobre misão de levantar, erigir, edificar, construir, fazer crescer a OBRA.

Anónimo disse...

Então....mãos à obra!!

Carpe Diem

Anónimo disse...

ahahahahah Trolha achas-te longo ?
eu tb looooooooooool brincadeira inofensiva :P

Isabela Figueiredo disse...

Eu já não tenho psicanalista.

Mas tu tens.

Eis como tudo se equilibra.

(Se fosse por 2h40 ainda vá, agora 24 horas... tenho mais que fazer.)

Anónimo disse...

Duvido que ele tenha psicanalista, Isabela. Foi aquela porque deve ter sido uma promoção com a 1ª consulta Grátis. Ora perguntemos-lhe. Trolha???
sinuosa

Trolha disse...

Carpe Diem ....

O Trolha Quer, Ela Sonha, A Obra Nasce

Trolha disse...

Iris, Long Size?

Trolha disse...

Isabela, convidei-te para uma maratona (corrida de fundo) e tu contra propões com o meio fundo?

Isabela Figueiredo disse...

Convidaste? Não recebi convite nenhum.

Trolha disse...

Isabela, queres um convite formal em papel perfumado?

Isabela Figueiredo disse...

Quero.