12 outubro 2010

Obcecada pela sua «personal trainer»

Todos os frequentadores do ginásio - homens e muheres  - andam obcecados pela professora

O marido tinha uma reunião de trabalho em Lisboa no dia seguinte e não ia dormir em casa nessa noite. No fim da aula de ginástica, convidei-a a vir a minha casa ver o último episódio do Dexter, sacado da Net, que ainda não passara na televisão portuguesa. Ela, tal como eu, era uma seguidora atenta e fiel daquela série televisiva.

Ultrapassado o espanto inicial do convite, lá acabou por aceitar. Eu mesma me ofereci para a levar e trazer de volta a casa no meu carro. Fiz chá de camomila e umas torradas (com manteiga magra!) antes de nos deitarmos. Ela massacrava-me o juízo se soubesse que usava em casa manteiga gorda.

Muito suspense e adrenalina depois, apercebemo-nos que já passava da meia-noite. Mas, pior do que isso, lá fora, chovia copiosamente com o vento a soprar em rajadas. Não me apetecia nada ter de a levar a casa. E desafiei-a a dormir comigo.

Também ela não queria ir para casa (e ter de dormir sozinha) naquelas condições e aceitou o meu convite. Fui buscar-lhe a minha  camisa mais curta e apertada. Era ligeiramente mais magra do que eu e aquele corpo alongado e quase sem curvas, de rapazinho, ia ficar um espanto naquela camisa super reduzida. Eu não me enganara. Ela rodopiou na minha frente, vaidosa e embevecida com os meus elogios.

Deixei-a ir deitar-se primeiro. Depois de se ter metido na cama fui à casa de banho e retirei as cuecas. Ia dormir sem cuecas. Já tinha fantasiado tantas vezes estar com ela na cama, sem cuecas, que a cena nada tinha de estranho. Até me pareceu algo que fazia parte da minha rotina diária.

Sentei-me na cama ao seu lado  e conversámos. Conversa banal de assuntos banais. Conversava comigo aconchegando-se nos lençóis, qual criança mimada e carente. Acabei por me deitar de lado virada para as suas costas.

Mas não conseguia adormecer. Mexo-me muito na cama e, às tantas, o meu pé deu com o pé dela. Deixei-o estar. E, aparentemente, não estranhou ou mostrou qualquer sinal de desagrado. Lentamente, muito lentamente, fui-me aproximando daquele corpo esguio e elástico, que eu tantas vezes admirara nas aulas de ginástica. Até que ficamos coladas uma na outra. Ou foi impressão minha ou também se ajeitou para ficar melhor encaixada em mim?

Eu estava cada vez mais inquieta e desassossegada. E, despercebidamente, coloquei a minha mão na sua perna nua que a mini camisa deixara a descoberto. Não senti qualquer reacção adversa: mostrou-se passivamente cúmplice da minha ousadia.Tinha vontade de explodir mas mantive a calma e o sangue frio. Ia cozinhar o  desejo dela em fogo lento.

Percorria, agora, com as pontas dos dedos, de forma quase imperceptível, as suas coxas de toque aveludado, ora avançando, ora recuando, fazendo o jogo da aproximação perigosa à sua Gruta Secreta. Com um movimento subtil, afastou ligeiramente as pernas como que a convidar-me a ir mais além. Era esse o sinal que eu mais aguardava: ela estava pronta a entregar-se.

Lá fora, a chuva fustigava,implacável, as persianas das janelas. Aquele noite prometia ser uma noite longa.

1 comentário:

Eva Malus disse...

Essas duas meninas já estão ha tempo demais na cama..têm que começar a mostrar um bocadito de acção, nao?