31 outubro 2010

BEMBOM

- Apetece-te algo?
- Apetecer até apetece. Mas despedi o Ambrósio.
- Ah, despediste aquele mordomo, pedante, viciado em mordomias. E, agora, andas à míngua sem ter quem que dê o BEMBOM.

28 outubro 2010

Técnicas de masturbação

Fechas os olhos e esfregas com a palma mão para cima e para baixo
Sabe tão bem!!!
Apertas os lábios
Saboreias os teus lábios passeando neles, de forma discreta, a língua em semi-círculos
Não aguentas mais. É incontrolável. É mais forte do que tu
Pensas obsessivamente  em te vires
Queres ter um orgasmo
Levantas-te da cadeira e vais à casa de banho
Colocas as mãos no lavatório
Desces as cuecas
Encostas-te e esfregas-te no lavatório para cima e para baixo
Toda exposta
Imaginando que um desconhecido te toma por trás pressionando-te contra o lavatório
Tens um orgasmo indescritível e avassalador.

Lavas as mãos, arranjas-te, dás um jeito ao cabelo
E voltas para o teu posto de trabalho.

18 outubro 2010

As minhas incursões no Facebook

 Ó joão não sei ao certo quem tu és ,mas tenho te a dizer que é melhor te dedicares as obras mesmo,as mulheres que passaram na tua vida deixaram danos irreparavéis na tua personalidade ,sabes quem é o teu altar elgo??!!!! se souberes melhor senão só obras de trolha te valem




    • João Trolha  Ó Cara Carla,
      Altar Elgo? E o trolha, aqui,  sou eu?
      Não queira a sapateira ir além da lagosta.


    • Sapateira  Olha,realmente sei que a palavra não se escreve assim ,não me dei ao trabalho de ver como se esvreve,sou sapateira não pertendo ser outra coisa ,ao contrario do que vejo no trolha ,erros de escrita todos temos ,mas erros de personalidade não......



    • João Trolha Queres tu dizer na tua que não passou de um «lapsus calami». Mas eu reservo-me o direito de duvidar.
      Ate prova em contrário, és sapateira.
      Prova que és lagosta.
      Prova-mo!

12 outubro 2010

Obcecada pela sua «personal trainer»

Todos os frequentadores do ginásio - homens e muheres  - andam obcecados pela professora

O marido tinha uma reunião de trabalho em Lisboa no dia seguinte e não ia dormir em casa nessa noite. No fim da aula de ginástica, convidei-a a vir a minha casa ver o último episódio do Dexter, sacado da Net, que ainda não passara na televisão portuguesa. Ela, tal como eu, era uma seguidora atenta e fiel daquela série televisiva.

Ultrapassado o espanto inicial do convite, lá acabou por aceitar. Eu mesma me ofereci para a levar e trazer de volta a casa no meu carro. Fiz chá de camomila e umas torradas (com manteiga magra!) antes de nos deitarmos. Ela massacrava-me o juízo se soubesse que usava em casa manteiga gorda.

Muito suspense e adrenalina depois, apercebemo-nos que já passava da meia-noite. Mas, pior do que isso, lá fora, chovia copiosamente com o vento a soprar em rajadas. Não me apetecia nada ter de a levar a casa. E desafiei-a a dormir comigo.

Também ela não queria ir para casa (e ter de dormir sozinha) naquelas condições e aceitou o meu convite. Fui buscar-lhe a minha  camisa mais curta e apertada. Era ligeiramente mais magra do que eu e aquele corpo alongado e quase sem curvas, de rapazinho, ia ficar um espanto naquela camisa super reduzida. Eu não me enganara. Ela rodopiou na minha frente, vaidosa e embevecida com os meus elogios.

Deixei-a ir deitar-se primeiro. Depois de se ter metido na cama fui à casa de banho e retirei as cuecas. Ia dormir sem cuecas. Já tinha fantasiado tantas vezes estar com ela na cama, sem cuecas, que a cena nada tinha de estranho. Até me pareceu algo que fazia parte da minha rotina diária.

Sentei-me na cama ao seu lado  e conversámos. Conversa banal de assuntos banais. Conversava comigo aconchegando-se nos lençóis, qual criança mimada e carente. Acabei por me deitar de lado virada para as suas costas.

Mas não conseguia adormecer. Mexo-me muito na cama e, às tantas, o meu pé deu com o pé dela. Deixei-o estar. E, aparentemente, não estranhou ou mostrou qualquer sinal de desagrado. Lentamente, muito lentamente, fui-me aproximando daquele corpo esguio e elástico, que eu tantas vezes admirara nas aulas de ginástica. Até que ficamos coladas uma na outra. Ou foi impressão minha ou também se ajeitou para ficar melhor encaixada em mim?

Eu estava cada vez mais inquieta e desassossegada. E, despercebidamente, coloquei a minha mão na sua perna nua que a mini camisa deixara a descoberto. Não senti qualquer reacção adversa: mostrou-se passivamente cúmplice da minha ousadia.Tinha vontade de explodir mas mantive a calma e o sangue frio. Ia cozinhar o  desejo dela em fogo lento.

Percorria, agora, com as pontas dos dedos, de forma quase imperceptível, as suas coxas de toque aveludado, ora avançando, ora recuando, fazendo o jogo da aproximação perigosa à sua Gruta Secreta. Com um movimento subtil, afastou ligeiramente as pernas como que a convidar-me a ir mais além. Era esse o sinal que eu mais aguardava: ela estava pronta a entregar-se.

Lá fora, a chuva fustigava,implacável, as persianas das janelas. Aquele noite prometia ser uma noite longa.

08 outubro 2010

Negar-lhe o prazer

Isso não se faz!

Quanto começo a sentir-te.
Quando o suor se cola à pele
Quando as faces ficam ruborizadas.
Quando a respiração aumenta e os gemidos aparecem, a ansiedade cresce, a vontade é incontrolável,
Quando estou aberta, pronta e receptiva  ...

Tu levantas-te e vais embora?

03 outubro 2010

O GRITO

Tu és o meu sol!

És tu que me dás vida
quando me resgatas das sombras da noite
onde jazo fria,
vazia.

Contigo reapareço
contigo vivo.

Revela-me!

Revela-me a alma
que se esconde debaixo dos meus próprios olhos, esquiva,
que se mostra aos outros e se esconde de mim.

Porquê?

Terá receio de não ser entendida?
Terá medo de ser rejeitada?

Terá medo de um dia de liberdade,
do calor abrasador do areal,
do vento agreste que crispa a água azul e salgada
da noite fresca de luar?

Resgata-me!
Quero viver a vida!

(Poema descoberto no meu sótão cibernético)