OU
REALIDADE ?
(Reposição)
- Domingo à tarde. Escurecia. Caminhavas só na rua semi-deserta.
- abordagem original. Caminho sem destino.... Continua.
- De repente, pressentes um automóvel a afrouxar. E a parar à tua frente.
- assustada..... e apreensiva
- Pensaste que o condutor desejasse uma informação. E olhaste de relance. Ele abriu os vidros do carro. Os vidros que estavam mesmo junto a ti.
- interrogo-me ...
- Ouviste-o chamar-te. Mas ele não chamou pelo teu nome. Tu olhaste para ele, indagando o que pretendia. Abriu a porta do carro e convidou-te a entrar. Tu sentiste um arrepio na espinha e ao mesmo tempo uma onda de calor a subir dentro de ti. Os teus joelhos tremem. Quase não te seguras de pé. Estás nervosa.
- paralizada. Os joelhos trémulos
- Vem-te à memória a tua fantasia. Era a tua fantasia a realizar-se. Entraste no carro. Como tantas vezes fizeras nos teus sonhos.
- olhos esbugalhados e incrédula
- Olhaste para ele. Moreno, de olhos negros, rosto másculo. Teria 40 anos? Ele arrancou com o carro em alta velocidade. E tu ali com ar de espanto e ao mesmo tempo incrédula com o que te estava a acontecer.
- «Para onde vamos ?», perguntaste tu.
-«Tu, agora, estás por minha conta», ouviste ele responder com voz autoritária.
- interrogo-me: o que se passa comigo? Empolgada.
- «Tu não mandas em mim!» protestaste pouco convicta.
- «Isso vamos ver» , escarneceu ele.
- tremo como varas verdes … o coração aos saltos. Excitada.
- Estremeceste toda. Sentias as faces quentes a arder. Seria de raiva? Olhastes em volta. Pinheiros e eucaliptos. Uma estrada estreita de paralelos. Quase sem movimento de carros.
- (vai violar-me , mas não quero perguntar-lhe) . Apreensiva e eufórica.
- «Que trazes vestido por debaixo dessa saia? », perguntou ele
- «Umas calcinhas de seda», respondeste qual autómata como na tua fantasia.
-«Quero ver essas calcinhas. Tira-as fora!», ordenou ele com ar desafiador.
- sem palavras. Paralisada. O Coração bate com força.
- «Não tiro. Porque havia de tirar?», insurgiste-te tu pouco segura.
- «Tira, já disse», insistiu ele.
- «Vais fazer tudo o que eu mandar», sentenciou.
- sinto-me nua. Húmida
- Tu sabias o que ia acontecer. A tua resistência desvaneceu-se. Começas a sentir-te empolgada. Sem saber como nem porquê levantas a saia . Sentiste o olhar concupiscente dele nas tuas pernas. Mas voltas a pôr a saia para baixo. E não retiras as calcinhas.
- sorrio . Estou confusa. A adrenalina a correr nas veias. Em silêncio, sem saber o que dizer.
- «Olha, minha linda cadela de luxo, tens duas alternativas: ou fazes o que eu te mando ou ficas aqui!».
- «Vais já porta fora!», vociferou ele.
- «E imaginas o que pode acontecer? Seres violada, seres até assassinada e atirada para a valeta como um cão».
- medo, muito medo, misturado com alguma excitação.
- Tu olhaste à tua volta. Noite escura. Num sítio ermo. Ao fundo tremeluziam luzes de candeeiros públicos do que tu supunhas ser uma aldeia perdida nas fraldas da serra. Mas ainda estava a uma considerável distância.
- «Então, decides-te ou não? Não vou estar a noite inteira à tua espera!» impacientou-se ele.
- (faço o que ele me mandar, entrego-me aos seus desejos, mas suplico-lhe para não me magoar).
- Quando ele num gesto brusco saiu do carro e abriu a porta do teu lado tu balbuciaste: «Espera, eu tiro».
- «Linda menina!», escarneceu ele.
- tiro as cuecas fora
- Sentias as faces quentes. Sentias todo o teu corpo a escaldar.
- ai! É q estou a escaldar mesmo
- «Agora vais tirar o soutien. Quero ver as tuas lindas maminhas».
- Ele olhava descaradamente os teus seios nus postos a descoberto.
- tiro o soutien ...
- «Bem me parecia que devias ter umas maminhas de sonho», aquiesceu ele.
- Sentes os lábios da vagina a latejar. Estás toda molhada. Esperas que ele não se aperceba.
- sinto-me nua e observada.
- «Bom, minha putinha ordinária, vais masturbar-te na minha frente. Nada de fingimentos», ordenou ele com voz solene.
- Tu ficaste quieta a olhar para ele como a suplicar-lhe que parasse com aquele jogo.
- «Diz-me uma coisa: não estás a gozar ? não estás a sentir prazer ?», quis saber ele.
- prazer ... delírio .... arrepios no corpo todo.
- «Estou», balbuciaste tu, toda arrepiada.
- Tu obedecias àquele homem sem saberes porquê. Parecia que não tinhas vontade própria. O magnetismo da sua voz era irresistível.
- Começaste a masturbar-te como o tinhas feito tantas vezes na tua fantasia. Só que agora era real. A tua fantasia tornara-se realidade.
- estou a tocar-me .... Uiiiiiiiii........... Issooooooooo. É isssooooooooooooo!!!..... A sentir o impensável.
- «Eu sabia, eu sabia que ias gozar. Gozaste? Sê sincera, não foi uma experiência maravilhosa?»
- «Sim, gostei. Foi uma experiência única», confessaste tu envergonhada.
- «Onde queres que te deixe?» indagou ele.
- E tu indicaste o nome de um Centro Comercial.
- Na viagem de regresso estranhaste o ar misterioso daquele homem de quem não sabias nada. Nem o nome.
- E pensavas para contigo: «estranho, ele nunca me tocou. Como na minha fantasia…»
- Estou em transe .... a tremer toda.
- FIM
.
PS: diálogo verídico no MIRC, em noite de verão.