27 fevereiro 2011

APEITAR

E na hora do aperto
Enfrento de peito aberto
A fera. 


Ninguém me leva ao engano 
E só me pode causar dano 
A espera.

Cinderela (à moda dos Gunas)

Como contar a história da Cinderela às crianças de hoje para que não
nos chamem "Kotas": 


Há tótil, mano, havia uma garina cujo cota já tinha esticado o pernil
e que vivia com a chunga da madrasta e as melgas das filhas dela.
A Cinderela (Cindy p'ós amigos) parecia que vivia na prisa sem tempo
para sequer enviar uns mails.
Com este desatino todo, só lhe apetecia dar de frosques porque a
madrasta fazia-lhe bué da cenas.
É então que a Cindy fica a saber da alta desbunda que ia acontecer:
Uma reive!!! A gaija curtiu tótil a ideia mas as outras chavalas
cortaram-lhe as bases.
Ela ficou completamente passadunte mas, depois de andar à toa durante
um coche, apareceu-lhe uma fada baril que lhe abichanou uma farda baita
bacana e ela ficou a parecer uma ganda fêbra.
Só que  só se podia afiambrar da cena até ao bater das 12.
Tás a ver, meu?
A tipa mordeu o esquema e foi para a borga sempre a bombar.
Ao entrar na party topou um mano cheio da papel, que era bom comó
milho, e que também a galou logo ali. Aí, a Cindy passou-se dos
carretos, desbundaram "óle naite longue", até que ao ouvir
as 12, ela teve de se axandrar e bazou.
O mitra ficou completamente abardinado quando ela deu de frosques e
foi atrás dela mas só encontrou pelo caminho o chanato da dama.
No dia seguinte, com uma alta fezada, meteu-se nos calcantes e foi à
procura de um chispe que entrasse no chanato.
Como era um ganda cromo, teve uma vaca descomunal e encontrou a
maluca, para grande desatino das outras fatelas que ficaram a anhar.
Fim: Tá-se bem.

14 fevereiro 2011

Carta de Amor

Dia de S. Valentim

Querido João,

Os anos passam, os dias repetem-se, Somos tentados a repeti-los. E aqui estou eu a satisfazer a minha tentação, de hoje, contigo.

Está uma manhã fria de sol. Desce. Estou na rua à tua espera. Apertada por um zipper dentro da parka branca acolchoada dos joelhos ao pescoço. Botas brancas. Cabelo ao sol de Inverno. Sorriso de saber que estás quase a chegar. Quente por fora, à espera que as tuas mãos me deixem a escaldar por dentro.

Vem. Não é que eu esteja impaciente, mas tenho pressa de ti. Vem.

Aí estás tu! Rio-me! Como poderia não me rir, se apesar de te ter pressionado para vires depressa, ainda te lembraste de tirar uma gerbéria de fogo da jarra de flores da tua sala? E a seguras na tua boca?

Que vai separar a tua boca da minha enquanto eu não arrancar com os meus lábios, uma a uma todas as pétalas, até, por fim, ser a tua boca o meu prémio? Vai demorar um pouco e tenho que me concentrar nos movimentos finos e certeiros que preciso de fazer para o conseguir.

Sem eu dar por nada, terás tempo de abrir o zipper, meteres as mãos e acariciares por dentro de mim o que imaginas e o que encontras, e voltares a fechá-lo a tempo de me apanhares a soltar a última pétala.

Acabei. Mereço a tua língua. Enfia-a na minha boca e fá-la mexer, às voltas, no meu molhado escuro, quente, quieto e receptivo.

Adoro os teus beijos!
.

13 fevereiro 2011

Engate no Facebook

Ele: Agora já somos amigos no Facebook. Para o bem e para o mal.
Ela: Sim, claro!!!! Bem-vindo!!!!
Ele: Isto é mais sério que um casamento, que hoje já ninguém leva a sério.
Ela: Eu levo à RISCA!!!
Ele: E nunca pisaste o risco?
Ela: Eu pecadora me confesso. Esforço-me. Já não me esforço. Não resisto  
Ele: Pisas?
Ela:Tem de valer a pena!
Ele: Vale sempre a pena, quando a COISA não é pequena
Ela: UIIIIIIIIIIIIIIII ......   A COISA PROMETE!!!!

30 janeiro 2011

Castigo

Apeteces-me!
Quero-te!
Não admito recusas: nem dores de cabeça ou relatórios para acabar.
Queres ir ao castigo ... e é hoje que vou fevar-te ao castigo.
Nem que Deus me castigue por isso
!

28 janeiro 2011

Ai, Jesus!

No jantar que Madona teve, no Rio de Janeiro, com o empresário Eike Batista (o gajo mais rico do Brasil e o 8.º mais rico do mundo), a certa altura Madonna contou  que ia dando um tombo de todo o tamanho (certamente bem maior do que ela) por ter escorregado no passeio molhado  da chuva. E, para provar que era verdade, levantou o vestido e mostrou uma marca na perna em resultado do quase acidente.
Dizem as más-línguas que o maior acidente foi ela ter levantado o vestido e mostrado as pernas ao Eike Batista, o qual, abrindo os cordões à bolsa (não, não foi o fecho éclair das calças), fez uma doação de US$ 7 milhões para a funda_ção da Madonna.
Suspeita-se que ele terá aberto os cordões à espera que Madona baixasse o vestido.
Ai, Jesus!

26 janeiro 2011

Por que se expõem as mulheres no Facebook?

O Amor é fogo que arde sem se ver”, brada o poeta.
O que é bom é para se ver!”, clamam as mulheres que se despem, sem pudor, em fotos mais ou menos ousadas, postas no seu mural do Facebook.
Se umas o fazem por razões estritamente profissionais (J ), que força ou pulsão interior leva as mulheres a exporem-se desse modo perante familiares, amigos e meros conhecidos?
Mero efeito de imitação ou um desejo irreprimível de afirmação de mulheres, de bem consigo próprias e com a sua sexualidade, face à concorrência feroz que sentem à sua volta?

14 janeiro 2011

Quase

Um pouco mais abaixo e eu era brasa;
Um pouco mais ao fundo e eu era além.
Para atingir, faltou-te o talento.
Se ao menos permanecesses cá dentro ...

02 janeiro 2011

BOAS ENTRADAS EM 2011

Ele: Entrou bem em 2011?
Ela: Muito bem! E com você?
Ele: Com alguma dificuldade, no início, mas entrou. E depois prego ao fundo: sempre a bombar.
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17 dezembro 2010

Boa de boca

- Já jantaste?
- Ya!
- Ia desejar-te bom apetite. Andas com apetite?
- Sou boa de boca
- Uma boca assim é o sonho de qualquer homem!!!

Banana ou chocolate?

Se escolhes o chocolate não tens direito à banana.

16 dezembro 2010

Vai um tirinho?

Ela: - Coração de pedra. Só mesmo à pedrada.
Ele: - Quem atira a primeira pedra? Atiras tu? Se tu a_tirares também a_tiro.
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Amor & Paixão

Ele; o teu amor por mim é amor xesual?
Ela: tu sabes que te amo ... o resto é só paixão. Paixão desmedida mas paixão, carago!
Ele: nem mais. Tu a mim só m'amas.


13 dezembro 2010

Por que demoram tanto tempo as mulheres na casa de banho?

Tenho para mim, como mais plausível, a explicação seguinte:

- Elas demoram muito tempo na casa de banho porque andam a mostrar-se umas às outras numa acérrima competição «inter pares».

«Meu Deus, olha para isto, vê como a minha cintura está tão fina! E olha-me para estas ancas!»
«Vê estas calças. São o nº 36. E imagina que nunca vesti umas calças que me caíssem tão bem!»

Em conclusão: as mulheres demoram muito tempo na casa de banho para mostrarem às suas «amadas e adoradas amigas» as suas formas maravilhosas e o quanto estão magras.

Aumenta a sua Auto-Estima e as «amigas», que caçam no mesmo território, ficam na merda e com o EGO a arrastar-se pelo chão.

08 dezembro 2010

Queca alternativa

Aderi às novas tecnologias
Modernices
Comprei uma máquina de 8000 rotações
Mas dá para regular, conforme a tesão
Para as quecas  alternativas
Sem sexo é que não
E não ganho artroses nos dedos

Lei de talião (retaliação)


Estão numa relação e foram traídas por ele?

Vinguem-se. Sigam a lei de talião (retaliação): olho por olho, dente por dente.
Ele foi para a cama com uma gaja com metade da vossa idade? 
Sem stress, sem trauma, arranjem uma gaja com metade da vossa idade e levem-na para a cama.
E a vida continua.

07 dezembro 2010

Sexo, Mentiras & Filmes

Numa conversa, frente a frente, entre uma homem e uma mulher os sinais não verbais respondem por 60% a 80%, os sons vocais de 10% a 30% e apenas cerca de 10% dizem respeito às palavras.
O cérebro de uma mulher é capaz de captar uma quantidade enorme de pormenores através dos seus olhos. Por outro lado, o seu grande poder de processamento permite-lhe fazer a integração e decifrar rapidamente os sinais visuais e vocais bem como outros sinais recebidos. É por isso que a maioria dos homens tem muita dificuldade em mentir numa conversa frente a frente com uma mulher.
Ao contrário, as mulheres sabem bem como é relativamente fácil mentir a um homem, já que este não tem a mesma capacidade para captar os sinais não verbais emitidos pelas mulheres.
Pensa-se que, actualmente, a infidelidade feminina já supera a infidelidade masculina.
As mulheres traem os seus parceiros. As mulheres mentem aos seus parceiros. Um mulher, até a mais insuspeita, nunca dá a entender a sua infidelidade e nem sequer à suas melhores amigas o confessa.
São excelentes actrizes e os filmes delas são perfeitos, sem erros de casting e muito convincentes.
Em suma: traem melhor e mentem melhor que eles.

Melhor assim. É preferível a um homem desconhecer a infidelidade da mulher.
Ser corno manso é que não.

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04 dezembro 2010

Cunnilingus - orgasmo feminino garantido

Já que andas numa de educador sexual, hás-de fazer um post sobre minetes, sobre o que é um bom mineteiro e como as gajas gostam deles.
Na afundação, há um ano, vi um post muito giro sobre isso mas era daquelas mulheres, marias árvores & companhia,
Não me lembro muito bem,mas era daquelas que são mal lambidas e depois se fartam de falar mal.
Aliás, não sei se sabes, talvez há um ou dois anos,o tony blair da Inglaterra foi notícia por ter incentivado o sexo oral como opção a outros métodos de planeamento familiar.
E sexo oral é isso mesmo: dá cá a coninha e, agora, abocanha-me o pirilau.
Minete nem precisa de ser excelente: é orgasmo feminino garantido.
Não sei como se escreve o nome em latim ...
Exacto: cunnilingus
Sim, cá em casa, é orgasmo garantido.
Em simultâneo? Não. Isso é como ter gémeos: é uma excepção.

01 dezembro 2010

Fellatio (in ore)

Aconchega-te no meio das suas pernas. Acaricia-O por fora das calças. Desaperta o cinto e abre o fecho éclair. Está quente e duro? Sente o pulsar d'ELE.

Puxa as calças para baixo, deixando-o semi-imóvel. E, num movimento brusco, arranca-lhe os boxers. Com a língua molhada a tocar no lábio superior olha-o nos olhos de forma provocadora. Ele quer ver-te a chupá-LO. Dá-lhe esse prazer.

Mantém a língua húmida e começa a lambê-lo de alto a baixo até aos testículos. Chupa-os suavemente. Cuidado, é uma zona muito sensível. Faz de conta que vais mordê-lo. Intervala pequenas dentadinhas com lambidelas aguadas ao longo do pénis.

Concentra-te, agora, na glande. Com sensualidade, com suavidade, com destreza. Nunca a deixes seca. Mistura a tua saliva com a secreção lubrificante que sai pelo canal da uretra. Passa a ponta da língua molhada na abertura da uretra e no freio (membrana que liga o prepúcio à parte posterior da glande). São as zonas mais sensíveis do pénis.

De forma perversa, lambe a cabeça do pénis. Saboreia o fluido semi-transparente que escorre do orifício da glande. Ele está a sentir um formigueiro intenso nas plantas dos pés. Insiste mais e mais. Vê como reage. Ouve os seus gemidos e repara como se contorce.

Fá-lo deslizar lentamente de fora para dentro e de dentro para fora da tua boca. Continua com a língua a martirizá-lo na abertura da uretra. E com a ajuda dos dedos da mão faz movimentos masturbatórios circulares e longitudinais ao longo do pénis. Vai aumentando o ritmo. Volta a fazê-LO deslizar com suavidade para logo a seguir aumentares o ritmo. Engole-O até ao fundo, recriando o filme da Garganta Funda.

Aperta a base do pénis quando sentires que está a vir-se para retardares a ejaculação. Liberta-O, agora.

Observa o leite a sair em jorros quentes, em direcção à tua boca. Deixa-te lambuzar pela esporra como nos teus sonhos húmidos, agora, tornados realidade.

29 novembro 2010

Por dentro da coisa ou com a coisa por dentro, eis a questão

Ele - Como ficou o Real?
Ela - 5-0 ganhou o Barça
Ele - Como foi que  aconteceu isso?
Ela - É futebol. E futebol é assim mesmo?
Ele - Tu estás por dentro da coisa?
Ela . Minimamente, porquê?
Ele  . Preferes estar por dentro da coisa ou com a coisa por dentro?

28 novembro 2010

Sucedâneos

"Depois do almoço vou até ao parque andar de baloiço e de cavalinho".
Minha querida, quando não se tem cão caça-se com gato.
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27 novembro 2010

Troca por troca

Estão a fazer furor em França os anúncios postos na imprensa diária de trocar pequenos serviços e reparações domésticas por serviços sexuais.

A opinião pública mais retrógrada e atávica, escandalizada, clama que é uma nova forma encapotada de prostituição. Não é. Mas a forma prática (as mulheres têm um incrível sentido práticol) encontrada por muitas mulheres, a viver vidas solitárias, de  terem uma vida sexual normal no conforto do lar e sem se exporem publicamente.

PS: se a moda pega por cá, o Grupo Parlamentar do PS não deixará de propor  uma Lei a tributar estes serviços

26 novembro 2010

Convite para jantar (Parte II)

Estou pronta a receber a coleira” – disse-me ela.
Estou orgulhoso de ti mas receberás a coleira no momento adequado” – respondi-lhe eu.


O jantar decorreu animado mas sem sobressaltos. Preparei tudo com tempo e ao pormenor: a sala semi-obscura, a lareira acesa, os castiçais de prata na mesa e a música ambiente relaxante.
Tinha-lhe pedido para vir com meias de ligas e sem cuecas e percebi pelos olhares cúmplices trocados que a sua amiga já estava a par do nosso segredo.
Combináramos ir tomar café, após o jantar, a um bar romântico aberto recentemente nas margens do rio. Mas, no fim da refeição, arremessámo-nos os três para o sofá. Não me pareceu que elas quisessem abandonar aquele ambiente quente e acolhedor para ir tomar café.
Virei-me para a minha amiga e disse-lhe: «Acho que este era o momento adequado. Mas, devido à circunstância de não estares sozinha, o ritual da tua iniciação terá de esperar por melhor oportunidade». Olhos arregalados, vi ar de assombro estampado no rosto da outra. De imediato, levantaram-se e foram bisbilhotar para a cozinha. Regressaram, pouco depois, sorridentes e eufóricas. O ritual da iniciação não podia esperar, falaram as duas em uníssono.
Fui ao quarto buscar uma caixa de madeira, religiosamente guardada, e mal regressei ela ajoelhou-se na minha frente para receber a coleira. Já lhe explicara antes que o ritual da iniciação estava subordinado a gestos carregados de simbolismo. Por exemplo, em sinal de respeito e de total disponibilidade para ser usada, deveria receber a coleira sem cuecas e com os seios a descoberto. Explicou-me que estava já sem cuecas, fazendo questão de o mostrar, e desapertou o sutiã exibindo os seios nus. Aproximou-se de mim e inclinou a cabeça para receber a coleira.
A amiga assistia, ao lado, atónita e algo perturbada. Pedi-lhe para a levar para o quarto, pela trela, e prende-la aos pés da cama. Pouco tempo depois regressa, sozinha. Prostra-se aos meus joelhos, dizendo que também ela quer receber uma coleira.

24 novembro 2010

Sonho erótico

(Relato verídico)


— anoitece
— vou na rua e começa a chover. Uma chuva miudinha. E eu estou sem guarda-chuva
— chove cada vez mais intensamente
— procuro um sítio onde me abrigar
— há um prédio e abrigo-me na empena do prédio
— espero que pare de chover
— mas chove cada vez mais
— o vestido molhado cola-se ao corpo
— um automóvel pára na estrada em frente de mim
— por gestos convida-me a entrar no carro
— recuso com um sorriso
— ele sai do carro e vem ter comigo
— insiste para me abrigar no carro
— delicadamente agarra a minha mão e leva-me para o carro
— eu deixo-me ir sem opor resistência
— coloca o braço por cima do meu ombro protegendo-me da chuva com a gabardina
— abre a porta do carro e eu entro
— liga o ar condicionado, arranca  e pára pouco à frente num beco sem saída. Diz para aguardarmos ali até que deixe de chover
— oferece-me um cigarro. Aceito e agradeço
— sinto-o a olhar-me
— o olhar dele é cada vez mais insistente e insinuante 
— fico constrangida
— olha para as minhas pernas, para o vestido todo colado ao corpo
— põe uma mão nos meus joelhos e, veladamente, tenta  separá-los
— tiro a mão dele de cima  dos meus joelhos
— insiste  e  volta a insistir
— passa a outra mão pelo meu pescoço
— puxa-me pelos cabelos para trás e beija-me 
— vai descendo com a boca até aos meus seios, por cima do vestido colado ao corpo
— morde-me os mamilos erectos do frio
— com a outra mão continua a acariciar-me as coxas
— toca-me no sexo por cima das cuecas
— fecho os olhos e deixo de resistir. Sinto os joelhos quentes e a tremer. Uma onda de calor sobe pelas coxas até às minhas entranhas
— puxa o vestido para cima, deixando-me exposta
— mete a mão  pelo decote do vestido dentro do sutiã
— a outra mão  continua no meu sexo 
— com a minha mão procuro o sexo dele
— sinto-o por cima das calças, está duro
— puxa-me pelos cabelos até ao colo 
— e esfrega a minha cara no seu sexo
— tira o sexo para fora e ordena: «chupa-o
— obedeço
— reclina o banco para trás e fica deitado no banco
— continuo a chupá-lo
— mas, quando menos espera, sento-me em cima dele e enterro-me toda 
— cavalgo-o até nos virmos os dois
— abro a porta do carro, saio e vou-me embora.
— parou de chover
— um refrescante cheiro a terra húmida paira no ar.

23 novembro 2010

O piropo de hoje é a cópula de amanhã

- Olá, Estrela! Queres Cometa?
(à chegada da estagiária ao jornal)

A sua verborreia libidinosa apanhava de surpresa as estagiárias que passavam por aquela redacção. Poucas foram as que não sucumbiram aos seus estranhos encantos.

No início elas riam-se de tão caricata figura - feio, baixo e pouco elegante. Depois, começavam a não perceber por que razão ele as perturbava tanto. Seria a voz ou a força poderosa da palavras que mexia com elas daquela forma?

Ao fim destes anos, fui levada a concluir que a falta de pudor pode ser o melhor amigo do homem e o amante mais chegado da mulher. As mulheres gostam da linguagem despudorada deles. Podem até corar. Fazer de conta que não ouvem. Rir. Contra-atacar com o desprezo.

Mas no íntimo de cada uma mora o desejo de tornar aquele piropo primário num facto irremediável e inelutável.

(O Sexo e a Cidália - NS - Condensado e adaptado pelo Trolha)

22 novembro 2010

Dança do varão

Levei-te a jantar ao Cafeína. Estavas eufórica e querias passear junto ao mar. Descemos a rua e caminhámos em direcção ao Castelo do Queijo. 

Os candeeiros e as árvores espreitavam através da névoa espessa que tudo envolvia.  O ar estava carregado de uma humidade desagradável mas não estava frio. De repente, largas-me da mão e desapareces, como por encanto, na névoa branca. Corro na tua direcção e não te vejo. Sinto que estás por ali e talvez me estejas a ver. Encontro-te agarrada a um candeeiro de metal esverdeado, em pose sensual, a simulares a dança do barão. 

Aproximo-me, silenciosamente, e agarro-te por trás. Aperto-te com força contra o barão e levanto-te a saia. Ficas toda exposta com as meias de liga, presas ao corpete preto, sem cuecas. Corro o fecho das calças, desço os boxers e enterro-me em ti com sofreguidão. Tu empinas o mais que podes o rabo e eu tento encaixar-me melhor segurando-te pelas pernas. Ficas suspensa no ar e agarras-te  ao pé do candeeiro. Começam a faltar-te as forças. Ainda tentas virar-te para me abraçares mas não consegues e estatelas-te no chão.

20 novembro 2010

Convite para jantar

- Convida, num dia destes, a tua amiga para um jantar em minha casa
- Hmmmmmmmmmmm ....  Andas a magicar alguma.
- Não, não magico nada. Mas quem sabe não acontece um momento mágico e as duas ficam abertas a tudo?
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19 novembro 2010

Prego no pão a pingar no chão

Frequento, no verão do meu contentamento, a Esplanada do Alex.
Passe a publicidade, tem o melhor prego em pão que  conheço.

Carne suculenta e abundante a pingar no chão.
O que aquele prego no pão me faz lembrar não lembra ao diabo.

15 novembro 2010

Jogos eróticos (cerejas com chantilly)

Sentado no sofá, vias televisão .
Ela levanta-se, de repente, e dirige-se à cozinha.
Traz do frigorífico dois recipentes de vidro: um com cerejas lavadas e escorridas e o outro mais pequeno com chantilly. Ela sabe como tu és guloso por cerejas.

- Despe-me! - ordenou ela.

Logo após, venda-te os olhos com um lenço escuro.
E explica-te o jogo: «Vou deitar-me aqui no sofá. Se queres comer as cerejas, vais ter de as encontrar algures no meu corpo. Só podes utilizar a boca e a língua. Se te demorares muito ou se as procurares com demasiada sofreguidão, quem come as cerejas sou eu.».Passa um cereja pelo chantilly e cola-a no pescoço.

- Essa foi muito fácil de descobrir, sorte de principiante - disse ela.

Tu sorris, agradeces e comes a cereja.
Cola um cereja com chantilly em cada um dos mamilos. Tu, levado por uma qualquer intuição, acertas de imediato no alvo. Comes as cerejas e aproveitas para morderes com os lábios aqueles mamilos erectos da excitação.

- Porra, pareces bruxo ! - estranhou.
- Ahhhhhhhh .... desta vez, lixas-te ! Demoraste muito tempo. Esta como-a eu - esclareceu.
- Vamos à próxima.

Tu passaste suave e demoradamente a língua pelo pescoço, pelos mamilos, percorreste todo o seu alto ventre, desceste até à  genitália. Nada. Braços, pernas, quadris. Nada.

- Desculpa, mas não tens qualquer cereja no teu corpo.
- Tenho duas cerejas no meu corpo - insistiu ela.

Fez-se luz na tua mente.
Abocanhaste-A e retiraste lá de dentro duas cerejas gordas lambuzadas de chantilly e de algo mais com sabor indescritível.

09 novembro 2010

Homens solitários, bestas de inquietação

Exaltada, massacras-me o juízo,
Aos gritos, atiras-me à cara coisas horríveis,
Determinada, arrasas-me.

Olhas para mim com desprezo, farrapo humano, feito em cacos.

E seduzes-me e entesas-me,
E devoras a minha pele, faminta de sal,
A tua língua na minha língua, no meu sexo,
No meu sexo que é o teu,
Violento, brutal, violento.

Rasgo as tuas roupas com a violência dos homens solitários.
Esmago o teu corpo no meu corpo com a brutalidade dos homens feitos bestas de inquietação.
Possuo-te selvaticamente
E sinto o teu prazer eco do meu prazer.

05 novembro 2010

Mulheres de tomates

Quando dançava na discoteca com um grupo de amigas, não pude deixar de reparar nela e no seu olhar matador de predadora sexual.
Na casa de banho, enquanto retocava a pintura irreconhecível depois de horas de sauna na pista de dança, sou agarrada por trás e empurrada de encontro ao lavatório. Atónita, não reagi. Ela apalpou o que quis apalpar: o rabo, as mamas, as coxas e a púbis. Refeita da surpresa inicial, consegui libertar-me e fugir.
Queres saber o que senti? Não vou negar que estremeci toda. Inebriada pelo álcool e pela música, claro que senti prazer em ser apalpada e acho até que gemi. Não acredito que uma mulher não sinta prazer em ser apalpada naquelas condições: por um homem ou por outra mulher.

04 novembro 2010

Bem orientada com ou sem GPS

- Olá, João!
- Olá!
- Nunca mais se apresentou à psicóloga? Tem medo que lhe descubra os podres?!!!!
- Como? Não estou a entendê-la.
- Não falas comigo. Ficaste logo saturado daquilo a que chamas conversa da treta?
- Sim ... detesto conversa da treta. Mas a nossa conversa era conversa da treta?
- Para mim não foi. Tu é que, assim , a classificaste.
- Ah! E estás disposta a mudar de rumo? A mudar de rumo ao rumo da conversa?
- Queres que eu rume a norte, é ???!!!
- Podes rumar a norte para depois nos dirigirmos ao centro.
- Estou a ber-te. Será que me vou nortear? Mas para isso seria necessário que estivesse desnorteada.
- Diz-me uma coisa: andas bem orientada?

03 novembro 2010

Boa onde?


«És boa onda», mensagem (sms) dele.
E a mim só me apetece perguntar-lhe: sou boa onde?
Aposto que não saberia como responder-me.

02 novembro 2010

Técnicas de sedução.

Queres seduzi-lo ou deixá-lo pelo beicinho?
Esconde o que mostras e mostra o que escondes.

01 novembro 2010

À sua total mercê.

- Acho que deves experimentar tudo e realizar todas as tuas fantasias.
 Tudo, tudo,  não. Acho que nao tenho mentalidade para isso. Sou simples. Podes pensar que não mas sou.
 Que fantasia gostarias de realizar e achas que  não és capaz?
-  Quero ter um encontro às cegas com um desconhecido e ficar à sua total mercê. Isso vai ser mesmo uma loucura!.
- Hmmmmmmm ....
-  Mas a  minha fantasia és TU!

31 outubro 2010

BEMBOM

- Apetece-te algo?
- Apetecer até apetece. Mas despedi o Ambrósio.
- Ah, despediste aquele mordomo, pedante, viciado em mordomias. E, agora, andas à míngua sem ter quem que dê o BEMBOM.

28 outubro 2010

Técnicas de masturbação

Fechas os olhos e esfregas com a palma mão para cima e para baixo
Sabe tão bem!!!
Apertas os lábios
Saboreias os teus lábios passeando neles, de forma discreta, a língua em semi-círculos
Não aguentas mais. É incontrolável. É mais forte do que tu
Pensas obsessivamente  em te vires
Queres ter um orgasmo
Levantas-te da cadeira e vais à casa de banho
Colocas as mãos no lavatório
Desces as cuecas
Encostas-te e esfregas-te no lavatório para cima e para baixo
Toda exposta
Imaginando que um desconhecido te toma por trás pressionando-te contra o lavatório
Tens um orgasmo indescritível e avassalador.

Lavas as mãos, arranjas-te, dás um jeito ao cabelo
E voltas para o teu posto de trabalho.

18 outubro 2010

As minhas incursões no Facebook

 Ó joão não sei ao certo quem tu és ,mas tenho te a dizer que é melhor te dedicares as obras mesmo,as mulheres que passaram na tua vida deixaram danos irreparavéis na tua personalidade ,sabes quem é o teu altar elgo??!!!! se souberes melhor senão só obras de trolha te valem




    • João Trolha  Ó Cara Carla,
      Altar Elgo? E o trolha, aqui,  sou eu?
      Não queira a sapateira ir além da lagosta.


    • Sapateira  Olha,realmente sei que a palavra não se escreve assim ,não me dei ao trabalho de ver como se esvreve,sou sapateira não pertendo ser outra coisa ,ao contrario do que vejo no trolha ,erros de escrita todos temos ,mas erros de personalidade não......



    • João Trolha Queres tu dizer na tua que não passou de um «lapsus calami». Mas eu reservo-me o direito de duvidar.
      Ate prova em contrário, és sapateira.
      Prova que és lagosta.
      Prova-mo!

12 outubro 2010

Obcecada pela sua «personal trainer»

Todos os frequentadores do ginásio - homens e muheres  - andam obcecados pela professora

O marido tinha uma reunião de trabalho em Lisboa no dia seguinte e não ia dormir em casa nessa noite. No fim da aula de ginástica, convidei-a a vir a minha casa ver o último episódio do Dexter, sacado da Net, que ainda não passara na televisão portuguesa. Ela, tal como eu, era uma seguidora atenta e fiel daquela série televisiva.

Ultrapassado o espanto inicial do convite, lá acabou por aceitar. Eu mesma me ofereci para a levar e trazer de volta a casa no meu carro. Fiz chá de camomila e umas torradas (com manteiga magra!) antes de nos deitarmos. Ela massacrava-me o juízo se soubesse que usava em casa manteiga gorda.

Muito suspense e adrenalina depois, apercebemo-nos que já passava da meia-noite. Mas, pior do que isso, lá fora, chovia copiosamente com o vento a soprar em rajadas. Não me apetecia nada ter de a levar a casa. E desafiei-a a dormir comigo.

Também ela não queria ir para casa (e ter de dormir sozinha) naquelas condições e aceitou o meu convite. Fui buscar-lhe a minha  camisa mais curta e apertada. Era ligeiramente mais magra do que eu e aquele corpo alongado e quase sem curvas, de rapazinho, ia ficar um espanto naquela camisa super reduzida. Eu não me enganara. Ela rodopiou na minha frente, vaidosa e embevecida com os meus elogios.

Deixei-a ir deitar-se primeiro. Depois de se ter metido na cama fui à casa de banho e retirei as cuecas. Ia dormir sem cuecas. Já tinha fantasiado tantas vezes estar com ela na cama, sem cuecas, que a cena nada tinha de estranho. Até me pareceu algo que fazia parte da minha rotina diária.

Sentei-me na cama ao seu lado  e conversámos. Conversa banal de assuntos banais. Conversava comigo aconchegando-se nos lençóis, qual criança mimada e carente. Acabei por me deitar de lado virada para as suas costas.

Mas não conseguia adormecer. Mexo-me muito na cama e, às tantas, o meu pé deu com o pé dela. Deixei-o estar. E, aparentemente, não estranhou ou mostrou qualquer sinal de desagrado. Lentamente, muito lentamente, fui-me aproximando daquele corpo esguio e elástico, que eu tantas vezes admirara nas aulas de ginástica. Até que ficamos coladas uma na outra. Ou foi impressão minha ou também se ajeitou para ficar melhor encaixada em mim?

Eu estava cada vez mais inquieta e desassossegada. E, despercebidamente, coloquei a minha mão na sua perna nua que a mini camisa deixara a descoberto. Não senti qualquer reacção adversa: mostrou-se passivamente cúmplice da minha ousadia.Tinha vontade de explodir mas mantive a calma e o sangue frio. Ia cozinhar o  desejo dela em fogo lento.

Percorria, agora, com as pontas dos dedos, de forma quase imperceptível, as suas coxas de toque aveludado, ora avançando, ora recuando, fazendo o jogo da aproximação perigosa à sua Gruta Secreta. Com um movimento subtil, afastou ligeiramente as pernas como que a convidar-me a ir mais além. Era esse o sinal que eu mais aguardava: ela estava pronta a entregar-se.

Lá fora, a chuva fustigava,implacável, as persianas das janelas. Aquele noite prometia ser uma noite longa.