Encontros Virtuais e ... Desencontros Reais
É uma mulher de 36 anos, atinada, aparentemente assexuada, e com uma relação de amor-ódio com o ex-marido: o eleito para a desvirginar aos vinte e tal anos.
Continua a ser a mulher ingénua de sempre, quase estupidamente ingénua: sem sex-appeal, sem sensualidade na forma de vestir, na forma de falar, na forma de olhar ou no modo como pisa o chão. Em suma: não é uma mulher bonita nem atraente.
Após a separação, começou a frequentar salas de chat. E, como é óbvio, era abordada por homens com vontade de a porem a gostar ou como lhe dizia, constantamente, um lobo mau :“de lhe apetecer apetecê-lo”.
Ela, que sempre defendeu o sexo por amor e com amor e que abominava o sexo pelo sexo, um dia conheceu alguém numa sala de conversação e convidou-o a ir a sua casa. Era um homem do norte, um bimbo: feio, sem modos, com sapatos brancos envernizados à chulo e meias brancas. Nem conversa de engatatão tinha.
Esta figura caricata proporcionou-lhe numa noite aquilo que o ex-marido nunca lhe tinha proporcionado na vida: um orgasmo.
E, hoje, responde às suas amigas, quando confrontada com a hipótese de voltar para o ex-marido, que fora incapaz de a fazer desabrochar sexualmente:
- Ó pá, juntar-me de novo a ele? Nunca me fez vir! Nem um orgasmo me deu! Nem umzinho!
Esta é uma história verídica que me foi enviada por uma amiga a quem muito agradeço. A visada nesta história desconhece a maldade que lhe estamos a fazer. Peço-lhe, aqui, desde já, perdão.
... E os dedos, ávidos de desejos, / a delinear as curvas, / os gestos, no teclado, / noite adentro./ Vadios de nós... / Nos lençóis virtuais... / Amar o não visto. / Dos gemidos dados, / ouvidos ao longe ,/ oceanos adentro./ E nós, desse jeito... / sem jeito algum ./ Procurando um jeito de, / ao conquistar, / conquistar-se. (Autoria de Ivaldo Gomes )
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