27 fevereiro 2011

APEITAR

E na hora do aperto
Enfrento de peito aberto
A fera. 


Ninguém me leva ao engano 
E só me pode causar dano 
A espera.

Cinderela (à moda dos Gunas)

Como contar a história da Cinderela às crianças de hoje para que não
nos chamem "Kotas": 


Há tótil, mano, havia uma garina cujo cota já tinha esticado o pernil
e que vivia com a chunga da madrasta e as melgas das filhas dela.
A Cinderela (Cindy p'ós amigos) parecia que vivia na prisa sem tempo
para sequer enviar uns mails.
Com este desatino todo, só lhe apetecia dar de frosques porque a
madrasta fazia-lhe bué da cenas.
É então que a Cindy fica a saber da alta desbunda que ia acontecer:
Uma reive!!! A gaija curtiu tótil a ideia mas as outras chavalas
cortaram-lhe as bases.
Ela ficou completamente passadunte mas, depois de andar à toa durante
um coche, apareceu-lhe uma fada baril que lhe abichanou uma farda baita
bacana e ela ficou a parecer uma ganda fêbra.
Só que  só se podia afiambrar da cena até ao bater das 12.
Tás a ver, meu?
A tipa mordeu o esquema e foi para a borga sempre a bombar.
Ao entrar na party topou um mano cheio da papel, que era bom comó
milho, e que também a galou logo ali. Aí, a Cindy passou-se dos
carretos, desbundaram "óle naite longue", até que ao ouvir
as 12, ela teve de se axandrar e bazou.
O mitra ficou completamente abardinado quando ela deu de frosques e
foi atrás dela mas só encontrou pelo caminho o chanato da dama.
No dia seguinte, com uma alta fezada, meteu-se nos calcantes e foi à
procura de um chispe que entrasse no chanato.
Como era um ganda cromo, teve uma vaca descomunal e encontrou a
maluca, para grande desatino das outras fatelas que ficaram a anhar.
Fim: Tá-se bem.

14 fevereiro 2011

Carta de Amor

Dia de S. Valentim

Querido João,

Os anos passam, os dias repetem-se, Somos tentados a repeti-los. E aqui estou eu a satisfazer a minha tentação, de hoje, contigo.

Está uma manhã fria de sol. Desce. Estou na rua à tua espera. Apertada por um zipper dentro da parka branca acolchoada dos joelhos ao pescoço. Botas brancas. Cabelo ao sol de Inverno. Sorriso de saber que estás quase a chegar. Quente por fora, à espera que as tuas mãos me deixem a escaldar por dentro.

Vem. Não é que eu esteja impaciente, mas tenho pressa de ti. Vem.

Aí estás tu! Rio-me! Como poderia não me rir, se apesar de te ter pressionado para vires depressa, ainda te lembraste de tirar uma gerbéria de fogo da jarra de flores da tua sala? E a seguras na tua boca?

Que vai separar a tua boca da minha enquanto eu não arrancar com os meus lábios, uma a uma todas as pétalas, até, por fim, ser a tua boca o meu prémio? Vai demorar um pouco e tenho que me concentrar nos movimentos finos e certeiros que preciso de fazer para o conseguir.

Sem eu dar por nada, terás tempo de abrir o zipper, meteres as mãos e acariciares por dentro de mim o que imaginas e o que encontras, e voltares a fechá-lo a tempo de me apanhares a soltar a última pétala.

Acabei. Mereço a tua língua. Enfia-a na minha boca e fá-la mexer, às voltas, no meu molhado escuro, quente, quieto e receptivo.

Adoro os teus beijos!
.

13 fevereiro 2011

Engate no Facebook

Ele: Agora já somos amigos no Facebook. Para o bem e para o mal.
Ela: Sim, claro!!!! Bem-vindo!!!!
Ele: Isto é mais sério que um casamento, que hoje já ninguém leva a sério.
Ela: Eu levo à RISCA!!!
Ele: E nunca pisaste o risco?
Ela: Eu pecadora me confesso. Esforço-me. Já não me esforço. Não resisto  
Ele: Pisas?
Ela:Tem de valer a pena!
Ele: Vale sempre a pena, quando a COISA não é pequena
Ela: UIIIIIIIIIIIIIIII ......   A COISA PROMETE!!!!