30 maio 2009

Não hei-de morrer sem experimentar: Love Bondage

Seguro e consensual: princípios fundamentais enformadores da prática do Bondage

O fetiche nasce connosco. Está dentro de nós. Não é algo de construído ou fruto de experimentações. Surge, espontaneamente, nas brincadeiras infantis quando as meninas são capturadas e amarradas aguardando ser libertadas pelo seu herói.

Na adolescência, os jovens deliram, enquanto se masturbam no banho, com sessões de tortura e de judiarias indescritíveis com elas bem amarradinhas.

Na idade adulta, o fetiche pode evoluir naturalmente se existir um ambiente favorável. Inicia, então, a mulher uma viagem que a fará entrar nesse mundo maravilhoso de novas emoções e prazeres dela desconhecidos.

Existe o preconceito errado de que a prática do bondage implica um contacto sexual directo entre os parceiros. Ora, isso não é totalmente verdade. Claro que amarrar e ser amarrado dá tesão. A prática do BONDAGE tem naturalmente conotações sexuais: está ligada à sexualidade. Mas podem ocorrer sessões de BONDAGE sem envolvimento sexual directo entre ambos como acontece, nomeadamente, quando é praticado por profissionais.

As cordas

Elas podem ser macias de seda ou algodão e ásperas de cânhamo ou sisal. O que importa é que as cordas são, elas mesmas, um objecto de culto e um poderoso afrodisíaco: o modo como se enlaçam, como se cruzam nas costas da mulher, como se dão os nós, como se encaixam nos seios, como se apertam nas coxas, enfeitiça qualquer amante do BONDAGE.

O contraste é absoluto: a pele macia da mulher e a aspereza da corda de sisal a envolver-lhe os pulsos, os tornozelos, os seios, a cintura e as coxas. Isso provoca nos dois um empolgamento de tal modo incrível que só aqueles que já o experimentaram são capazes de o descrever. E o culto das cordas pode atingir uma tal dimensão que há mulheres que chegam a sentir ciúmes das suas cordas: guardam-nas, religiosamente, e não permitem que sejam usadas para amarrar o corpo de outra mulher.

De salientar que no Japão a arte de amarrar com cordas - SHIBARI- tem o estatuto de culto, quase religião.
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27 maio 2009

Dogging

O que é o dogging?

O dogging, nascido na Inglaterra, é uma prática que alia com sucesso o voyeurismo, os encontros espontâneos via Internet, o sexo em locais públicos e o sexo casual. Os parques de estacionamento nas cidades ou zonas rurais, amplas e abertas, são os sítios mais escolhidos para o efeito.

Os participantes estão dentro dos carros e através de sinais previamente conhecidos (a luz interior do carro acesa, luzes exteriores acesas de modo intermitente, janelas e portas abertas) mostram-se aos assistentes. Estes, conforme a disposição daqueles, podem ver ou mesmo participar nos seus jogos sexuais.

Existem sites (fóruns) na Internet dedicados a divulgar e a promover estes encontros. O número de participantes pode ascender às dezenas e a reunião transformar-se numa orgia colectiva.

Estão fixadas regras muito rígidas para os adeptos do dogging : o uso do preservativo é obrigatório e os assistentes devem limitar-se a olhar até serem convidados para a fiesta. assistentes devem limitar-se a olhar até serem convidados para a fiesta.
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24 maio 2009

Mulheres inconstantes

Num momento querem tudo e logo a seguir não querem nada;

Querem um companheiro, um amigo, um ombro para chorar e um colo para relaxar. E, depois, o cabrão, o filho da puta, o predador e o sacana que as deixem inquietas e sofridas.

Num dia sonham com um amor romântico, platónico. E no outro sonham ser desejadas, amachucadas, abusadas, fantasiam com homens que as façam guinchar de prazer.

Querem ouvir, constantemente, que são lindas, que são soberbas, superlativas, únicas, inigualáveis, as mulheres da nossa vida: querem ser acarinhadas e mimadas. E, logo , logo, querem um homem distinto, snob, distante e inacessível.

Querem uma coisa e logo a seguir o seu contrário. E a nós cabe , a cada momento, saber aquilo que elas querem.

A vida do bicho homem não é fácil.
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19 maio 2009

Vamos conversar

Mulheres Alteradas

«Temos de ter uma conversa os dois, a sós, mas num local onde não sejamos reconhecidos», diz-me ela, ar de preocupação, enquanto faço compras para o jantar.

Quando lhe expliquei que viver sozinho fora uma opção pessoal, ela não se convenceu. Insistia comigo para arranjar uma mulher. Que essa era a decisão mais acertada.

«Temos de ter uma conversa, a sós, mas não aqui onde toda a gente me conhece», insistiu ela.
Casada, desfilou perante mim, atónito e quase a desesperar com as horas, um chorrilho de lamentações e acusações contra o marido relapso na prestação do débito conjugal.

Já no carro, a caminho de casa, matutava: ela quer ter uma conversa comigo, a sós, num local bem longe daqui. Será que não é para termos uma conversa no meio das pernas dela?
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Quarentonas

- quem és tu?
- sou tudo o que a tua imaginação quiser
- entao somos dois amantes enlouquecidos, desvairados, insaciaveis
- q idade tens ?
- tenho 40 anos
- estás na idade da loba
- a idade da loucura, onde o tempo parece nao dar tempo ... de curtir tudo o que queremos

10 maio 2009

Não hei-de morrer sem experimentar: inverter os papéis na cama

Mulheres sexualmente dominadoras, sedutoras. Às vezes, sádicas.

Ele é um homem com poder na empresa: cheio de responsabilidades no dia a dia, é agressivo e, por vezes, cruel para com as pessoas que tem a seu cargo.

E tu tens o desejo secreto de tomar a iniciativa e de controlar o seu prazer. Sabes bem o que queres e sentes que ele nunca soube explorar os teus limites. Achas que podes surpreendê-lo. E vais surpreendê-lo invertendo os papéis na cama. Ele vai, finalmente, perceber aquilo de que tu és capaz.

É um dia especial: o dia do seu aniversário. Sem os filhos, depois do jantar, a sós, onde o mimaste como se mima um bebé, viras-te para ele e disparas em tom autoritário: «Hoje, na cama, o homem sou eu!» Arregalou os olhos com uma expressão entre o incrédulo e o divertido.

Estás decidida a seres tu a ter as rédeas na mão; a seres tu a dona da tua fantasia; a seres tu a dona do teu prazer.

Não queres infligir-lhe dor: apenas assustá-lo e fazê-lo sofrer com a ansiedade da espera. Vendas-lhe os olhos e amarra-lo à cama. Depois de sentires a sua excitação ao rubro, retiras-lhe a venda e sujeita-lo à doce tortura da negação do prazer.

Por fim, com ele bem manietado e após teres-lhe massajado com um creme lubrificante a zona anal, vais ao roupeiro buscar o cinto onde está acoplado um dildo. A cabeça dele movimenta-se ao som dos teus saltos altos.

Abrandas um pouco as cordas que o prendem à cama. Passeias as tuas unhas nas suas costas e manda-lo pôr-se de gatas. Ele, mal refeito do choque, obedece sem resistência como um autómato.

«É assim que gostas de me comer, não é? Pois, hoje, é a minha vez !», gritas tu, simulando um tom indignado, montada nas costas dele.
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09 maio 2009

Vai dar banho ao cão

Mulheres alteradas

«Nem que tu fosses o último homem no mundo, ia para a cama contigo!», exclama ela, voz alterada, no café apinhado de gente.
Envergonhado, pergunto-lhe que teria eu de fazer para a fazer mudar de ideias.
«Nada», responde-me ela, rispidez na voz.

Agora, à hora do lanche, vou dar umas braçadas na água da piscina municipal. Nunca mais a vi.
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06 maio 2009

O Machão

O papel da mulher é mesmo o de agradar ao homem?

Heloísa, professora universitária, de 38 anos, separada, mora sozinha com os dois filhos.
É jovial, moderna, cuida muito da aparência e não demonstra a idade que tem. Desde a separação, não teve nenhum namorado, mas sempre acalentou em segredo o desejo de reconstruir sua vida nos moldes tradicionais.

Recentemente, envolveu-se numa tumultuada relação amorosa. O estereótipo do machão por quem se apaixonou determinou que só se disporia a ficar com ela se Heloísa modificasse a sua forma de viver.

Entre as exigências, estavam: afastar-se dos amigos, sair de casa o mínimo possível, dedicando-se a tempo inteiro ao lar, e usar roupas bem mais "condizentes" com sua idade.

Heloísa não titubeou. Num tom resignado, ouvi-a comentar: "Sabe, pensei bem e acho que o papel da mulher é mesmo o de agradar ao homem. Fiz a melhor opção."

REGINA NAVARRO LINS
a cama na varanda