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15 janeiro 2008

Sonhos Húmidos

Elas suspiram por um rapaz ...
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Elas sonham três noites a fio com um homem que só viram de relance, à porta do café...
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Elas chamam de noite nomes que não vêm...
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Maria Velho da Costa
Produção de desejo23

13 outubro 2007

Sonho Erótico


— tens sonhos eróticos?
— :) … não . Não tenho. Lol
— anda lá …conta-me o teu último sonho erótico
— desculpa …mas não consigo … não consigo mesmo. Tenho vergonha de ti.
— eu fecho os olhos e tapo os ouvidos …
— conta!



— anoitece...
— começa a chover...primeiro devagar
— vou na rua...sem chapéu de chuva
— chove cada vez mais intensamente
— procuro um sítio onde me abrigar
— há um prédio … e abrigo-me na empena do prédio
— espero que pare de chover
— chove cada vez mais
— o vestido molhado cola-se ao corpo
— um automóvel pára na estrada em frente
— por gestos convida-me a entrar no carro
— recuso com um sorriso
— ele sai do carro e vem ter comigo
— insiste para me abrigar no carro
— delicadamente agarra a minha mão e leva-me para o carro
— eu deixo-me ir sem opor resistência
— coloca o braço por cima do meu ombro protegendo-me da chuva com a gabardina
— abre a porta do carro e eu entro
— liga o ar condicionado e arranca com o carro
— pára pouco à frente num beco sem saída. Diz para aguardarmos ali até que deixe de chover
— oferece-me um cigarro. Aceito e agradeço
— sinto-o a olhar-me
— o olhar dele é cada vez mais insinuante
— fico constrangida
— olha para as minhas pernas... para o vestido todo colado ao corpo
— põe uma mão nos meus joelhos e força veladamente separá-los
— tiro a mão dos meus joelhos
— insiste .. volta a insistir.
— passa a outra mão pelo meu pescoço
— puxa-me pelos cabelos para trás e beija-me o pescoço
— vai descendo com a boca ate aos meus seios, por cima do vestido
— morde...
— com a outra mão continua a acariciar-me as coxas
— toca-me no sexo por cima das cuecas
— fecho os olhos e deixo de resistir. Sinto os joelhos quentes e a tremer. Uma onda de calor sobe através das coxas até às minhas entranhas
— puxa-me o vestido para cima, deixando-me exposta
— mete a mão dentro do soutien...puxa pelo decote do vestido
— a outra mão dele continua no meu sexo ...
— com a minha mão procuro o sexo dele
— sinto-o por cima das calças … está duro
— puxa-me a cabeça pelos cabelos até ao colo dele
— e esfrega a minha cara no seu sexo
— tira o sexo para fora e diz-me: «chupa-o
— chupo-o .....
— reclina o banco para trás e fica deitado no banco
— continuo a chupá-lo
— mas...quando ele menos espera...sento-me em cima dele
— enterro-me toda nele
— cavalgo-o .... até nos virmos os dois
— no fim ... abro a porta, saio e vou-me embora.
— parou de chover.
— um refrescante cheiro a terra húmida paira no ar

13 setembro 2006

O Encontro (1)

SONHO OU REALIDADE ?


Ele - Domingo à tarde. Escurecia.
Caminhavas só na rua semi-deserta.

Ela - Abordagem original. Caminho sem
destino.... Continua.
Ele - De repente, pressentes um automóvel a afrouxar. E a parar à tua frente.
Ela - assustada..... e apreensiva
Ele - Pensaste que o condutor desejasse uma informação. E olhaste de relance. Ele abriu os vidros do carro. Os vidros que estavam mesmo junto a ti.
Ela - Interrogo-me
Ele - Ouviste-o chamar-te. Mas ele não chamou pelo teu nome. Tu olhaste para ele. Indagando o que pretendia. Abriu a porta do carro e convidou-te a entrar. Tu sentiste um arrepio na espinha e ao mesmo tempo uma onda de calor a subir dentro de ti. Os teus joelhos tremem. Quase não te seguras de pé. Estás nervosa.
Ela - Paralizada. Os joelhos trémulos
Ele - Vem-te à memória a tua fantasia. Era a tua fantasia a realizar-se. Entraste no carro. Como tantas vezes fizeras nos teus sonhos.
Ela - Olhos esbugalhados e incrédula
Ele - Olhaste para ele. Moreno, de olhos negros, rosto másculo. Teria 40 anos?
Ele arrancou com o carro em alta velocidade. E tu ali com ar de espanto e ao mesmo tempo incrédula com o que te estava a acontecer.
Ele - «Para onde vamos ?», perguntaste tu.
«Tu, agora, estás por minha conta», ouviste ele responder com voz autoritária.
Ela - Interrogo-me: o que se passa comigo? Empolgada.
Ele - «Tu não mandas em mim!» protestaste pouco convicta.
«Isso vamos ver» , escarneceu ele.

Ela - Tremo como varas verdes …o coração aos saltos. Excitada.
Ele - Estremeceste toda. Sentias as faces quentes a arder. Seria de raiva? Olhastes em volta. Pinheiros e eucaliptos. Uma estrada estreita de paralelos. Quase sem movimento de carros.
Ela - Vai violar-me (penso) , mas não quero perguntar . Apreensiva e eufórica.
Ele - «Que trazes vestido por debaixo dessa saia?», perguntou ele

-«Umas calcinhas de seda», respondeste qual autómata como na tua fantasia.
«Quero ver essas calcinhas. Tira-as fora!», ordenou ele com ar desafiador.

Ela - Sem palavras. Paralisada. O Coração bate com força.
Ele - «Não tiro. Porque havia de tirar?», insurgiste-te tu pouco segura.
«Tira, já disse!», insistiu ele.
«Vais fazer tudo o que eu mandar!», sentenciou.

Ela - Sinto-me nua. Húmida
Ele - Tu sabias o que ia acontecer. A tua resistência desvaneceu-se. Começas a sentir-te empolgada. Sem saber como nem porquê levantas a saia . Sentiste o olhar concupiscente dele nas tuas pernas. Mas voltas a pôr a saia para baixo. E não retiras as calcinhas.
Ela - Sorrio . Estou confusa. A adrenalina a correr nas veias
Em silêncio, sem saber o que dizer.
Ele - «Olha, minha linda cadela de luxo, tens duas alternativas: ou fazes o que eu te mando ou ficas aqui!».

- «Vais já porta fora!», vociferou ele.

- «E imaginas o que pode acontecer? Seres violada, seres até assassinada e atirada para a valeta como um cão».

Ela - Medo, muito medo, misturado com alguma excitação.
Ele - Tu olhaste à tua volta. Noite escura. Num sítio ermo. Ao fundo tremeluziam luzes de candeeiros públicos do que tu supunhas ser uma aldeia perdida nas fraldas da serra. Mas ainda estava a uma considerável distância.

(continua)