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14 junho 2010

Apalpar faz falta?

Flagrantes da vida real

Olá, meu Amor lindo! Ninguém te põe a vista em cima.
- Nem em cima nem em baixo. Ninguém me vê, ninguém me apalpa.
E faz-te falta?
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18 março 2010

A face oculta da crise

Dicas para fazer face à crise e aos preços proibitivos dos motéis

Conhecemo-nos nessa tarde numa esplanada da moda onde desaguam cursos de água tortos e tintos a que deram, pomposamente, nomes de rios. Quando os tímidos raios de sol se esconderam, envergonhados, por entre as brumas do horizonte anunciando o fim do dia, convidei-a a saborear comigo o pito (frango) da Guia. Aceitou sem hesitação.

Como era ainda cedo, sugeri uma visita pelas inúmeras lojas do outlet. O seu ar alegre e entusiasmante contagiou-me. Passámos, apressados, por montras pouco apelativas de espaços vazios, até que deparei com a loja do meu contentamento: a GANT

Eu sabia pelo empregado que nesse dia chegava uma remessa de calças de ganga das muitas lojas GANT espalhadas pelo norte do país. O convite não tinha sido, afinal, inocente. Entrámos e fui direito à prateleira respectiva para correr em direcção aos provadores de roupa com 4 pares na mão e com ela atrás de mim. Ao fechar a cortina das cabines de prova, pergunta-me se pode entrar. «Entra, entra, claro que podes entrar», respondi-lhe eu.

Tirei o casaco e ela dependurou-o no gancho respectivo. Descalcei os sapatos e comecei a despir as calças. Ajudou-me a retirá-las puxando-as pelos canos das pernas. E ficámos, ali especados, frente a frente, comigo de boxers de lycra justos com sinais óbvios da vivacidade do recheio. Ela, apercebendo-se da minha erecção, não hesitou: encostou-me a uma parede esfregando-se em mim.

Não foi desta que comprei as almejadas calças. Saí da cabine sem experimentar qualquer par.

21 dezembro 2008

Sentido de oportunidade

Sábado. A primavera em Dezembro.
Telefonei-lhe a convidá-la para um café numa esplanada junto ao mar. Aceitou.
Já próximos da praia e logo após a rotunda, uma tabuleta ostentava de fora bem visível: motel.

- E que tal tomarmos o café no motel em lugar da esplanada ? – atirei eu como quem atira barro à parede.
- Trouxeste preservativos? – retorquiu ela.
- Não – confessei, desiludido comigo mesmo.
- Azar.

Silêncio. Momentos depois.

- Olha, se tivesses sentido de oportunidade terias respondido: «Não há problema. Passo ali numa farmácia conhecida».
- Lá por isso …
- The game is over
– concluiu ela de forma seca.
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17 julho 2008

Aprendizagem ou Instinto?

Com ela ajoelhada na sua frente, ordena-lhe (ele) num tom de voz que não admite hesitações:

- Vamos, faz o que tens a fazer!

Até hoje, nunca elas se enganaram no caminho nem pediram explicações suplementares.
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28 junho 2008

Da teoria à prática

Encontrei em ti algumas coisas de k gosto.

És perpicaz, inteligente e boa pessoa
apesar de maluco por sexo.

Se isso é mau? Claro que isso não é mau
mas tens mais teoria k prática.

Teorizas muito e praticas pouco.

Digo eu, digo eu ....
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08 junho 2008

Vidas Duplas

Mulher. 43 anos. Casada. Mãe. Executiva numa empresa de publicidade.

- Conheci-o no IRC. E despertou em mim fantasmas que julgava adormecidos . Desde esse dia, a minha vida nunca mais foi a mesma.
- Podes explicar-te melhor?
- O meu marido detesta tomar decisões e descobri, espantada, que sente um genuíno prazer em receber ordens minhas. Com o tempo acabei por me habituar. Costumo dizer-lhe que lá em casa quem veste calças sou eu.
- E …
- Um dia apareceu, aqui, alguém detestável: seguro de si e autoritário, misterioso e muito culto, a usar uma linguagem quase obscena. Eu estava sozinha em casa e muito carente nesse dia. No início odiei-o. Mas não me apetecia discutir com ele. Pouco a pouco fui-me deixando envolver num misto de curiosidade e excitação latente.
- E …
- Adorava fazer de mim uma Mulher submissa o que me deixava enlouquecida. Contava-me histórias eróticas para me excitar. Sem dar por isso, era uma libido dependente, uma viciada em adrenalina. Mal chego a casa voo a para o computador, a tremer e com o coração aos saltos. Só para estar com ele.
- E …
- Tornou-me numa Mulher voluptuosa, ordinária, sem pudor, puta. A sua escrava. Libertou todos os meus instintos de fêmea: o meu lado negro.
- E porque não experimentas fazer isso tudo com o teu marido?
_ Quero fazer algo de perverso mas sem derrubar os valores tradicionais da família em que assenta o meu casamento. E com o meu marido isso é impensável
- Então, divorcia-te.
- Não. Cada um deles me complementa. Preciso dos dois.

02 junho 2008

Sexo esforçado

Convidei-a para um café onde estivemos, horas, em amena cavaqueira. Voltámos para o carro, estrategicamente estacionado em local ermo (tinha-a convidado para sair comigo sem certezas de nada mas com expectativas de tudo).

Mal ela colocou o cinto, agarrei-lhe as mãos e tentei beijá-la, à força. Mantinha-a manietada com a ajuda do cinto do carro. Ela resistia. Debatia-se. Com a boca e os dentes cerrados.

As forças começaram a faltar-lhe e a sua resistência diminuiu. Larguei-a. E beijei-a ao de leve no pescoço, nos lábios, depois na boca, que se abriu, como por encanto. Acariciei-lhe suavemente os seios. De olhos fechados, entregara-se totalmente ao prazer.

Agora, era ela que tomava a iniciativa. Desabotoou-me a camisa, acariciando-me e beijando-me. Desapertou-me o cinto, puxou o fecho das calças num ápice e mergulhou no meio das minhas pernas, já desesperada, à procura do manjar que julgava seu por direito.

No fim, confessou-me, agradecida, que sem aquele empurrãozinho não teria ido lá.

01 junho 2008

Camel Toe

Numa esplanada com uma vista deslumbrantee sobre o Rio Douro e as suas pontes

Sábado à tarde. O sol espreitava envergonhado por detrás das núvens.
Ela entrou, sedutora, segura de si, triunfante.
Todos os olhares masculinos ( e alguns femininos, porque não dizê-lo!) se concentaram n'Ela. Melhor, nas calças que trazia vestidas. De um tecido sedoso, que contornava fielmente todas as suas curvas: todas sem excepção, mesmo as curvas dos lábios vaginais.
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Que espectáculo! Que tesão, filho da puta!
Pretendem elas com isto testar a nossa sanidade mental?

A moda do Camel Toe vai fazer furor este verão.

13 maio 2008

A sua primeira vez

(Texto ficcional. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência).

Travara conhecimento no IRC com alguém que se apresentou como mulher e muito bem disposta. Depois das proverbiais apresentações, de forma velada, perguntou-lhe se estava, sempre assim bem disposta, e até onde estaria ela disposta a ir.
Que não. Que nada. Até compreendia as mulheres que faziam isso, mas ela nunca o fez e nunca o faria.
Sempre que se encontravam no canal ela perguntava-lhe, invariavelmente: «Encontraste, aqui, alguma mulher disposta a ir até onde tu a queres levar?».

Uma noite, alguém se meteu com ele no canal. O nick era, supostamente, de uma mulher. Do outro lado, adivinhava-se uma mulher no cio, com as hormonas aos saltos. Mas, como o seguro morreu de velho e como quando a esmola é grande o pobre desconfia, duvidou de tanta adrenalina. E exigiu-lhe uma prova de que «ela» era mulher.
Acedeu em ligar-lhe para o telemóvel. E confessou tudo.
Disse-lhe quem era, que ganhara coragem e registara um nick novo, momentos antes, para não ser reconhecida, porque estava com uma vontade enorme de masturbar-se. E que tinha decidido não o fazer sozinha.
Esta seria a sua 1.ª vez.

Caricato mesmo, o facto de ELA ter sentido a necessidade de alterar o nick para não ser reconhecida (?) nem por aqueles que a viam no canal como uma mulher que não andava no IRC à procura de sexo. E, de facto, não andava. Mas, naquele dia, a vontade e a tentação (curiosidade?) tinham-na traído..

05 maio 2008

Inversão de papéis

Gostava, sinceramente, de ser teu amigo, sem gozos sensuais, sem más ideias, proponho-lhe eu, olhos nos olhos.

Não sou uma devoradora de homens, mas não concebo ser tua amiga sem pensar em ter sexo contigo, responde-me ela exaltada.

Não sei se consigo ser tua amiga, só tua amiga, conclui ela resignada.