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29 abril 2009

Clube das Virgens

Na sociedade capitalista, onde tudo se compra e tudo se vende, a virgindade é um bem precioso.

Tem 26 anos, é virgem e fundou o Clube das Virgens. E tornou-se, de imediato, uma vedeta mediática.

Passa horas na internet e tem 1423 amigos no Hi5. E sexo? Tens-te orientado? Quando ela diz que é virgem e que não quer orientar-se, eles insistem: «quando queres resolver o problema

Ser virgem no século XXI é um problema?

No mundo extremamente competitivo das relações sociais (e dos afectos) ser virgem não é um problema é uma mais-valia. E ela descobriu que pode encontrar o Príncipe Encantado alardeando por aí a sua virgindade.

Mas uma pergunta se impõe: o que é a virgindade? Elas continuam virgens depois de esporradas nas mamas, no meio das coxas, na cara, na boca ou mesmo no rabinho?

Tecnicamente, sim. Enquanto não for rasgada a película dérmica à entrada da vagina, enquanto não for rompido o hímen (por mais complacente que este seja), uma mulher permanece clínica e tecnicamente virgem.

A virgindade, que garantia ao homem primitivo que o filho gerado era seu e que não andava a caçar para alimentar um filho de outro, tornou-se um fetiche estranho ao ponto de se pagarem (ou de pedirem) somas colossais para se ter o exclusivo, ou melhor, para ser o primeiro a penetrar vaginalmente uma mulher.

Não tenhamos dúvidas: na sociedade capitalista, onde tudo se compra e tudo se vende, a virgindade é um bem precioso.
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