24 julho 2010

Liberta e selvagem

Cerca de 90% das mulheres têm fantasias sexuais com outras mulheres: ou durante o acto sexual com o seu parceiro ou quando se masturbam sozinhas.

Mas isso não significa que, secretamente, desejem estar com outra mulher na cama.

Uma fantasia lésbica pode transformar-se num poderoso afrodisíaco e é a melhor forma de uma mulher se sentir liberta e selvagem.
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12 julho 2010

Fode-me, porra!

São mulheres sexualmente activas. Os homens sentem-se intimidados e ficam constrangidos ao pé delas com medo de falhar. Elas  tiram o tesão a qualquer gajo

São mulheres cultas e economicamente independentes. Habituadas a coordenar equipas mistas (de homens e mulheres), transpõem para a vida social os tiques autoritários adquiridos ao longo de anos de profissão. Discutem, de forma apaixonada e com grande à-vontade, as opções políticas e económicas do governo, os futuros da bolsa de Nova York ou da Euronext , os vinhos da moda e os carros e motos, objectos de culto dos seus parceiros de ocasião. E não se coíbem de lhes chamar a atenção, de os ridicularizar, até,  perante os seus amigos e amigas, em suma, de os remeter à sua insignificância.

Aceitam de bom grado os convites deles para jantar. Perfumam-se, decotam-se, apertam-se´e encurtam as saias, sonhando e suspirando por uma noite tórrida de sexo.Esperam, depois das intermináveis horas de conversa no bar, após o jantar, que eles as surpreendam com um convite mais ousado.

Mas, desiludidas, ouvem da sua boca que elas são especiais, mulheres sérias, as mulheres que qualquer homem deseja conhecer para um relacionamento com futuro. Não, não as querem levar para a cama porque passariam a considerá-las mulheres de engate, mulheres vulgares. E elas são as suas rainhas. As suas deusas. As deusas que eles querem venerar e não conspurcar em noites escaldantes de sexo.

Em desabafos com as amigas, suas confidentes, querem perceber as causas, querem ouvir as razões, querem conhecer os motivos.

Eles não querem assumir um relacionamento sério? Procuram sexo descartável? Andam à procura de uma «one night stand»? Mas também elas não procuram relacionamentos sérios. Procuram, apenas, homens  do seu meio e  da sua  condição social para terem uma vida sexual equilibrada.

- Olha bem para mim. Uma gaja gira e boa. Saio com um gajo há meses. Porque razão não me convida para a cama? - questiona ela, prostrada e à beira de um ataque de  nervos.
- Mas ele não será gay ? -  tento consolá-la.
- Não, ele não é gay porque fode com outras gajas - remata ela.
- E o pior de tudo sabes o que é? Este é o terceiro gajo com quem eu tenho saído no último ano que se recusa a ir para a cama comigo.

11 julho 2010

Amores de verão

Porque me olhaste daquele modo?
Quando?
Qunado entrei no bar. Até me senti mal. Não sou uma prostituta, fogo!
Desejei-te. Apeteces-me. Quis despertar a fêmea que há em ti. É crime?
Queres engatar-me. é isso? Considera-me engatada, pronto.
Lol. Onde queres ir?
Surpreende-me!

05 julho 2010

O simulacro

«Não te esqueças que o técnico dos elevadores ficou de tocar aqui  por causa da chave da casa das máquinas» – recomendou-lhe ele antes de sair para o trabalho.
«Sim, querido, está descansado» - sossegou-o. «Tu de fato e gravata ficas um homem poderoso. Adoro-te, Amor» - despediu-se ela.

Dez minutos depois, tocam à campainha. Quem é? – perguntou. Pareceu-lhe ouvir um sim à pergunta se era o homem dos elevadores. Abriu descontraidamente a porta. Já ele tinha um pé dentro de casa quando se apercebeu que vinha mascarado e com um macacão azul-turquesa, a tresandar a suor, onde era bem visível a marca Schindler, numa etiqueta vermelho vivo. Ainda tentou impedir a sua entrada. Em vão. Ele empurrou-a e, de imediato, tapou-lhe  a boca para não gritar.

E, com ela de costas, fê-la recuar em direcção ao quarto do casal com a porta entreaberta. Sentou-a bruscamente na cama e retirou do bolso lateral do fato-macaco um facalhão enorme ameaçando-a com ele apontado ao seu pescoço. Com gestos fez-lhe ver que lhe espetaria a faca se gritasse. Ela estava lívida de medo. Mesmo que quisesse não conseguia balbuciar uma palavra. Acenou com a cabeça que não.

Com a faca apontada ao pescoço, retirou do bolso uma algema de tecido auto-colante prendendo um dos pulsos ao varão de ferro cromado da cabeceira da cama. Depois com uma outra algema semelhante o outro pulso. E, de seguida, prendeu os dois tornozelos aos barões de ferro dos pés da cama. Tolhida de medo, ela não esboçou a menor resistência. Estava estendida na cama, presa, de braços e pernas abertas à sua total mercê..

Ele puxou a t-shirt em direcção ao pescoço, desapertou-lhe o sutiã, tocando ao de leve nos mamilos erectos. Ela não conseguia disfarçar a excitação que a assaltava. Com as pernas bem afastadas foi fácil arrancar-lhe as cuequinhas minúsculas. Passou a ponta dos dedos no monte de Vénus até à entrada do Templo Sagrado, abrindo ao de leve os pequenos lábios encharcados com a geleia do amor.

Com um sonoro sinal de satisfação, desapertou a algema de um dos pulsos  e …. desapareceu. Ela podia desprender-se, agora, das algemas e correr atrás dele. Mas permaneceu ali na cama imóvel e meio atordoada.

À noite, quando o marido chegou a casa e lhe perguntou se o gajo dos elevadores tinha vindo, ela respondeu:

-Não, Amor, não veio.
-Esses gajos são como os sapateiros, cambada de aldrabões, insurgiu-se ele
- Nem ele se veio nem eu me vim, balbuciou ela entre dentes, olhando fixamente o marido nos olhos, desconfiada.