10 fevereiro 2007

Divorciado

A «vox populi» diz o contrário e a malta pensa que o divorciado pro-militarista (marcha tudo) é um verdadeiro garanhão lançando a semente contra a borracha a todo o momento.

Nada mais falso, digo eu.

Entre saídas totalmente patéticas, puras perdas de tempo, investimentos vultuosos em cartas furadas, moças casamenteiras, complicadas, estranhas e taradas (que, felizmente, também as há), o solteiro médio lança o barro e cola-o à parede só de vez em quando, e, dessas ocasiões, só muito raramente sente que o sémen saiu justificadamente.

Uma questão económica subjacente a tudo isto, que condiciona as nossas escolhas e nos conduz irremediavelmente para o que se compra em detrimento do que se paga ("não há almoços grátis", lembram-se?).

Na verdade, se o divorciado seguir uma postura comedida, uma presença com tino, um balanço com calma, uma integração com recato e muita cabeça fria, sai mais barato comprar e seguir do que pagar, entreter e, talvez, ter.

by Garfiar, só me apetece

2 comentários:

sinuosa disse...

Há escritos que eu não consigo comentar. Fico assim parada no fim de ler, naquela de: «Ah, pensas assim, pois está bem, isso ficou bem escrito e está com humor, eu até me ri, às vezes também acho que é assim, talvez escrevesse parecido se soubesse escrever». E tenho pena de não conseguir dizer nada. Limitações!

Anónimo disse...

:-)
eu estava a ler e a pensar o mesmo e depois percebi que fui eu... fui eu que escrevi!... e depois os cantos dos lábios cairam-me e suspirei... eu já escrevi assim.