05 julho 2009

Sexo forçado

- fantasio muitas vezes, enquanto me masturbo, em ser violentada e forçada a ter sexo com desconhecidos e mesmo com amigos, mas depois tremo toda e entro quase em pânico ao imaginar o que pode acontecer-me quando saio sozinha à noite
- pelo que tenho lido essa é uma fantasia muito comum entre as mulheres. Isso acontece porquê?
- olha, os homens estão a ficar muito efeminados. Ao pé de uma mulher não tomam a iniciativa, não a tentam seduzir e apenas se preocupam com a sua imagem: parecem autênticas meninas. Talvez, seja por isso, sei lá …
- ehhehehhehehh. Agora, entendo a razão por que tantas mulheres andam embrulhadas com outras mulheres. Assim como assim, antes uma mulher a sério do que uma mulher faz de conta. Ai, que eu parto-me todo!!!!!
- uma mulher não gosta de homens violentos. Mas admira um homem voluntarioso: que sabe o que quer quando está com uma mulher. Uma mulher quando entra no carro de um homem já está mentalmente preparada para o que lhe possa vir a acontecer. E se ele a levar para um sítio esconso e a forçar a ir ao castigo ela pode, na altura, resistir, berrar e espernear-se toda. Mas, depois, não apresenta queixa dele.
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21 comentários:

Alice disse...

Já minha avó dizia: O não de uma mulher é um talvez, e um talvez um sim.Parece que os homens deixaram de "ter pulso" para as mulheres.

Maria disse...

"Uma mulher quando entra no carro de um homem já está mentalmente preparada para o que lhe possa vir a acontecer. E se ele a levar para um sítio esconso e a forçar a ir ao castigo ela pode, na altura, resistir, berrar e espernear-se toda. Mas, depois, não apresenta queixa dele."
Afirmar isto é profundamente lamentável. Quase 100% dos violadores que chegam a tribunal invocam que a vítima os provovou, até mesmo quando são crianças. Por outro lado, até há bem pouco tempo, polícias e outras autoridades tratavam as alegadas violadas como tratavam as putas quando iam dentro. A própria sociedade tinha assimilado que "mulher honesta" não tinha atitudes provocatórias e como tal não potenciava a lasciva de doentes que andassem por aí. Tudo isto em conjunto, que provoca vergonha pública, bem como o não querer reviver o trauma da violação, são as razões que são apontadas nos estudos para, ainda hoje, muitas mulheres não apresentarem queixa.
Perpetuar este tipo de paradigma só pode ser apelidade de lamentável.

Pois...talvez no tempo das nossas avós o não de uma mulher era um talvez e um talvez um sim. Era o tempo em que as mulheres solteiras tinham que ser simultaneamente virgens e submissas. Caso contrário seriam vadias ou mulheres-homem.

Desde então até hoje algumas coisinhas se passaram. Já podem votar, ser chefes de família, ausentarem-se do País ou comprarem bens imobiliários sem autorização do marido, já podem ser magistradas. Algumas, muitas, até já são engenheiras civis, que, já nem preciso ir avó, o meu pai considerava profissão de homens... Enfim, e mais duas ou três coisinhas, como serem obrigadas a lavarem-lhe as ceroulas ou terem deixado de levar porrada sem se poderem queixar pois "entre marido e mulher ninguém meta a colher".

Talvez agora, talvez por tudo isso, existam muitas mais mulheres para quem um não é um não e um sim é um sim, e muito assumido, e até o talvez seja mesmo talvez. Talvez agora existam muitas mais mulheres que saibam que "não quero ir por aí" e que saibam igualmente "quero ir por aqui".

Beijos e abraços desta sua Maria.

Indie disse...

João,
apesar de serdes trolha, sois um cavalheiro inteligente, sensível, meigo e delicado que gosta de agradar às senhoras, incapaz de contrariar a vontade delas.
de vós não esperava, deixásteis-me impressionada

(...) disse...

Enfim... dou razão à Alice, à Maria, à Indie...É preciso saber ver quem está diante de nós. É preciso distinguir realidade de fantasia... Os tempos mudaram Homens e mulheres baralham-se! Seres humanos manipulam Lamento no entanto Trolha que insistas em certas coisas como sendo normais e que generalizes!

Stargazer disse...

Trolha,

aconselho-te vivamente a leres o seguinte livro: "Fantasias Eróticas - Segredos das Mulheres Portuguesas" da Isabel Freire.

Pela primeira vez não te felicito - acho que estás a misturar muita coisa aqui...podendo ferir a susceptibilidade feminina.

Bjs,

Stargazer

Trolha disse...

Minha querida Maria,
A parte do post que citas é a reprodução quase «ipsis verbis» daquilo que me foi dito por uma mulher que, por acaso, tb conhece e comenta este blogue.
Tb eu fiquei espantado e estarrecido com aquilo que ela me disse. E lembrei-me de uma entrevista recente feita a estudantes do ensino secundário e universitário onde as mulheres admitiam, numa percentagem assutadora, que já tinham tido sexo forçado. Nenhuma delas apresentou queixa. O que confirma aquilo que escrevi no post.
A nossa juventude começa a achar normal estas atitudes por parte dos homens o que nos obriga a repensar este epifenómeno comum nos dias de hoje.
Com este post pretendi lançar um grito de alerta e um pretexto para discutirmos, aqui, este tema actual da sociedade portuguesa.
Queria Maria, quando lês um post meu procura não «tomar a núvem por Juno».
Beijos e uma semana cheia de boas obras

Trolha disse...

Querida Alice,
A tua avó convivia certamente com a minha avó. Ouvia isso dela muitas vezes.
Beijo cheio de coisas maravilhosas

Trolha disse...

Querida Indie,
Não tomes o núvem por Juno. E pensa no post como sendo uma alegoria com uma carga erótica muito intensa. Essa era a intenção.
Beijos e boa semana de trabalho

Trolha disse...

Querida (...),
Dou-te razão.
Beijos

Trolha disse...

Querida Stargazer,
Antes da sua publicação conversei com a autora do livro. Soube muito tempo antes de sair o livro que ela estava a preparar-se para o publicar.
Pois bem. Nesse livro, que citas, está lá preto no branco que uma das maiores fantasias femininas é o sexo forçado com conhecidos ou mesmo desconhecidos. Voilá!!!
Beijos e uma semana de trabalho muito produtiva

Stargazer disse...

Coke Man,

Claro que lá está escrito, porque é uma fantasia. Mas a tua última frase está - na minha opinião - fora de contexto. Uma coisa é ter uma fantasia, pelo que escreves cada vez mais em que os homens não têm coragem de dar ordens na cama.

Outra coisa é ser abusada e não apresentar queixa. Estamos perante uma fantasia e uma realidade - não concebo que uma mulher possa gostar de ser abusada na vida real.

But then again, pode ser um problema meu.

Beijos e boa semana de trabalhos forçados

Trolha disse...

Minha querida Stargazer,
Lê as minhas respostas aos outros comentários. Aí encontrrás a causa da coisa.
Beijos e boa noite

goti disse...

Querido Trolha, de facto essa é uma daquelas fantasias esquisitas, e gostos não se discutem, bem eu não alinho em sexo forçado. Sexo deve ser um momento de pura embriaguez de luxuria, sentida por ambos.
Beijos doces e alegres!!!!
Boa semana para ti.

LA disse...

Há uma cena de um filme que me faz lembrar este post.
No Wild At Heart há uma cena em que o Williem Dafoe agarra a Laura Dern pela pachacha e tenta força-la, enquanto lhe diz "say fuck me, whisper it" (não me lembro bem, acho que é isto) e ela diz "fuck me" de uma maneira má, cagada de medo, até que muda de tom e diz um "fuck me" sensual, e o gajo ri-se, diz "Someday honey, I will" (já não me lembro bem) e vai-se embora.
Eu detesto violadores e gajos que vêm com a conversa que as gajas que andam de mini-sai estão mesmo a pedi-las.
Mas o teu post tem um fundo de verdade, há mesmo gajas que dizem um não e que querem o oposto, e que às vezes exige alguma persistência e atrevimento.
O momento do engate é uma coisa muito complicada e de que deveria haver estudos sobre o assunto. Eu não conheço nenhum livro sobre o assunto, mas seria interessantíssimo alguém se dedicar à pesquisa do tema.
O atrevimento é parte essencial do engate, e às vezes é preciso mesmo muito, quebrar as "regras".
Às vezes podes apalpar o cu a uma desconhecida a quem mal viste a cara, e se a coisa for bem feita em dois minutos estás pregado nela sem dizer uma palavra, e noutras vezes levas uma chapada.
Não é fácil evr onde é que estão os limites das gajas!

Trolha disse...

Finalmente uma gajo que me compreende!!!
Caro LA, tu entendeste bem o espírito da coisa. Só por isso os meus parabéns.
As gajas tb perceberam mas convém-lhes, em nome de uma moral dominante e que ainda é predominante, dizerem que não ... que não gostam de homens voluntariosos e atrevidos.
Grande abraço

Trolha disse...

Querida Göti,
Embrieguemo-nos de luxúria.
Dedico-te este poema, original meu, escrito para este blogue:

LUXÚRIA

Hoje ......

Quero-te mulher lasciva,
ancas bamboleantes e provocantes.

Quero-te aberta e dada de oferta.

Quero os teus lábios molhados .
os teus seios rijos, empinados.

Quero ouvir-te gritar e implorar
com vontade, com pressa, com tesão,

Quero-te deitada em mim, duro,
Quero-te ventre, meu porto seguro.

Quero-te presa, escrava, submissa
virada do avesso onde me arremesso.

Quero-te vulcão, lava, explosão.


E depois .... um rio tranquilo

goti disse...

Querido Trolha, deixaste-me sem palavras,sem folgo... etc, etc.. o que e difícil isso acontecer...
Parabéns pelo efeito!!!!!!
desconhecia-te essa tua veia poética!!!!

Beijos embriagados de luxuria!!

Indie disse...

wwaaaaaaauuuuuuu para além de trolha sois poeta! estou irremediavelmente rendida...
oh não, não (=sim), não (=sim), sim (=não), não (=sim),.....

p.s.- dais-me autorização de num próximo post meu acompanhar vosso poema Luxúria com uma foto que lhe faça jus?

anademar disse...

Isto, desculpem lá, mas é uma merda de uma conversa..!
Venho aqui muitas vezes e gosto do que leio, e diverte-me, mas este post passa bem além dos limites do bom gosto ou de qualquer definição de humor negro.

Trolha disse...

Mon chéri (moi chéri aussi!!!),

Vens, aqui, muitas vezes e eu faço questão que continues a vir, aqui, e a divertires-te muito sempre que vens aqui.

Este diálogo é verdadeiro. E dá conta de uma certa mentalidade existente, sobretudo entre a nossa juventude, como o demonstrou o inquérito feito a que faço referência noutro comentário.

Sexo forçado entre namorados e amigos ou conhecidos acontece um pouco por toda a parte e todos os dias. E, repara: quantos destes casos são denunciados à polícia?

Minha querida amiga, deixemo-nos de hipocrisias: para isso já basta o ensino faz de conta que temos, a justiça faz de conta que temos e muitas outras coisas faz de conta que temos.

Sejamos autênticos, sejamos verdadeiros, sejamos assertivos e pragmáticos. E chamemos os bois pelos nomes.

Beijos e espero que continues a vir aqui muitas vezes.

Adisalem disse...

Adorei o post!! não tanto talvez o conteúdo, mas o modo como cosntruído e transmitida a mensagem. Concordo contigo trolha e também com o LA, mas LA...se calhar, às vezes a algumas de nós é fácil ver onde (não) estão os limites.

bjs a ambos