“O amor é fogo que arde sem se ver”, clama o poeta.
“O que é bom é para se ver” , responde-lhe o trolha.
A mulher romântica, de hoje, nos seus passeios de fim da tarde, deleita-se não com os ditos trovadorescos dos bardos elegantes mas com os dichotes jocosos que ouve do alto dos andaimes:
«É carapau!».
Estamos, então, perante um estilo de poesia imediata. É uma poesia nua, sem burilados ou
versos alexandrinos. Um poesia que marca um virar de página na literatura portuguesa do novo milénio.
(adaptação do livro: Poesia de Andaime , de Luís Coelho)
9 comentários:
Não sei se se deleita com os piropos jocosos , não sei se se emociona com a poesia sentida directamente da glande, (poesia directamente vinda do escroto declamada enquanto se coça os tim-tins), sei que são uns poetas incompreendidos :(
poesia
rua
sua
nua
l´´a´´ a´´ :))
Mas os trolhas trabalham até tão tarde????
Carpe Diem
Andai-me ver isto!
sinuosa
naturezas,
não sei se te deleitas,
não sei se te emocionas,
não sei se te coças,
mas eu compreendo-te muito bem.
Beijo doce
sinuosa,
... esse sexo descomunal,
que te rasga a solidão,
que te mente em cada espasmo,
que te enche a boca de sal.
Admirada, porquê?
~pi,~
uma dama, na rua,
me chama, nua,
pra cama sua
[' 'j' 't'))
Passavas por debaixo do meu andaime
carpe diem
forço,
força,
esforço,
esforça.
na forca.
(poema realista)
Carapau burilado. :-)
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