29 novembro 2010

Por dentro da coisa ou com a coisa por dentro, eis a questão

Ele - Como ficou o Real?
Ela - 5-0 ganhou o Barça
Ele - Como foi que  aconteceu isso?
Ela - É futebol. E futebol é assim mesmo?
Ele - Tu estás por dentro da coisa?
Ela . Minimamente, porquê?
Ele  . Preferes estar por dentro da coisa ou com a coisa por dentro?

28 novembro 2010

Sucedâneos

"Depois do almoço vou até ao parque andar de baloiço e de cavalinho".
Minha querida, quando não se tem cão caça-se com gato.
.

27 novembro 2010

Troca por troca

Estão a fazer furor em França os anúncios postos na imprensa diária de trocar pequenos serviços e reparações domésticas por serviços sexuais.

A opinião pública mais retrógrada e atávica, escandalizada, clama que é uma nova forma encapotada de prostituição. Não é. Mas a forma prática (as mulheres têm um incrível sentido práticol) encontrada por muitas mulheres, a viver vidas solitárias, de  terem uma vida sexual normal no conforto do lar e sem se exporem publicamente.

PS: se a moda pega por cá, o Grupo Parlamentar do PS não deixará de propor  uma Lei a tributar estes serviços

26 novembro 2010

Convite para jantar (Parte II)

Estou pronta a receber a coleira” – disse-me ela.
Estou orgulhoso de ti mas receberás a coleira no momento adequado” – respondi-lhe eu.


O jantar decorreu animado mas sem sobressaltos. Preparei tudo com tempo e ao pormenor: a sala semi-obscura, a lareira acesa, os castiçais de prata na mesa e a música ambiente relaxante.
Tinha-lhe pedido para vir com meias de ligas e sem cuecas e percebi pelos olhares cúmplices trocados que a sua amiga já estava a par do nosso segredo.
Combináramos ir tomar café, após o jantar, a um bar romântico aberto recentemente nas margens do rio. Mas, no fim da refeição, arremessámo-nos os três para o sofá. Não me pareceu que elas quisessem abandonar aquele ambiente quente e acolhedor para ir tomar café.
Virei-me para a minha amiga e disse-lhe: «Acho que este era o momento adequado. Mas, devido à circunstância de não estares sozinha, o ritual da tua iniciação terá de esperar por melhor oportunidade». Olhos arregalados, vi ar de assombro estampado no rosto da outra. De imediato, levantaram-se e foram bisbilhotar para a cozinha. Regressaram, pouco depois, sorridentes e eufóricas. O ritual da iniciação não podia esperar, falaram as duas em uníssono.
Fui ao quarto buscar uma caixa de madeira, religiosamente guardada, e mal regressei ela ajoelhou-se na minha frente para receber a coleira. Já lhe explicara antes que o ritual da iniciação estava subordinado a gestos carregados de simbolismo. Por exemplo, em sinal de respeito e de total disponibilidade para ser usada, deveria receber a coleira sem cuecas e com os seios a descoberto. Explicou-me que estava já sem cuecas, fazendo questão de o mostrar, e desapertou o sutiã exibindo os seios nus. Aproximou-se de mim e inclinou a cabeça para receber a coleira.
A amiga assistia, ao lado, atónita e algo perturbada. Pedi-lhe para a levar para o quarto, pela trela, e prende-la aos pés da cama. Pouco tempo depois regressa, sozinha. Prostra-se aos meus joelhos, dizendo que também ela quer receber uma coleira.

24 novembro 2010

Sonho erótico

(Relato verídico)


— anoitece
— vou na rua e começa a chover. Uma chuva miudinha. E eu estou sem guarda-chuva
— chove cada vez mais intensamente
— procuro um sítio onde me abrigar
— há um prédio e abrigo-me na empena do prédio
— espero que pare de chover
— mas chove cada vez mais
— o vestido molhado cola-se ao corpo
— um automóvel pára na estrada em frente de mim
— por gestos convida-me a entrar no carro
— recuso com um sorriso
— ele sai do carro e vem ter comigo
— insiste para me abrigar no carro
— delicadamente agarra a minha mão e leva-me para o carro
— eu deixo-me ir sem opor resistência
— coloca o braço por cima do meu ombro protegendo-me da chuva com a gabardina
— abre a porta do carro e eu entro
— liga o ar condicionado, arranca  e pára pouco à frente num beco sem saída. Diz para aguardarmos ali até que deixe de chover
— oferece-me um cigarro. Aceito e agradeço
— sinto-o a olhar-me
— o olhar dele é cada vez mais insistente e insinuante 
— fico constrangida
— olha para as minhas pernas, para o vestido todo colado ao corpo
— põe uma mão nos meus joelhos e, veladamente, tenta  separá-los
— tiro a mão dele de cima  dos meus joelhos
— insiste  e  volta a insistir
— passa a outra mão pelo meu pescoço
— puxa-me pelos cabelos para trás e beija-me 
— vai descendo com a boca até aos meus seios, por cima do vestido colado ao corpo
— morde-me os mamilos erectos do frio
— com a outra mão continua a acariciar-me as coxas
— toca-me no sexo por cima das cuecas
— fecho os olhos e deixo de resistir. Sinto os joelhos quentes e a tremer. Uma onda de calor sobe pelas coxas até às minhas entranhas
— puxa o vestido para cima, deixando-me exposta
— mete a mão  pelo decote do vestido dentro do sutiã
— a outra mão  continua no meu sexo 
— com a minha mão procuro o sexo dele
— sinto-o por cima das calças, está duro
— puxa-me pelos cabelos até ao colo 
— e esfrega a minha cara no seu sexo
— tira o sexo para fora e ordena: «chupa-o
— obedeço
— reclina o banco para trás e fica deitado no banco
— continuo a chupá-lo
— mas, quando menos espera, sento-me em cima dele e enterro-me toda 
— cavalgo-o até nos virmos os dois
— abro a porta do carro, saio e vou-me embora.
— parou de chover
— um refrescante cheiro a terra húmida paira no ar.

23 novembro 2010

O piropo de hoje é a cópula de amanhã

- Olá, Estrela! Queres Cometa?
(à chegada da estagiária ao jornal)

A sua verborreia libidinosa apanhava de surpresa as estagiárias que passavam por aquela redacção. Poucas foram as que não sucumbiram aos seus estranhos encantos.

No início elas riam-se de tão caricata figura - feio, baixo e pouco elegante. Depois, começavam a não perceber por que razão ele as perturbava tanto. Seria a voz ou a força poderosa da palavras que mexia com elas daquela forma?

Ao fim destes anos, fui levada a concluir que a falta de pudor pode ser o melhor amigo do homem e o amante mais chegado da mulher. As mulheres gostam da linguagem despudorada deles. Podem até corar. Fazer de conta que não ouvem. Rir. Contra-atacar com o desprezo.

Mas no íntimo de cada uma mora o desejo de tornar aquele piropo primário num facto irremediável e inelutável.

(O Sexo e a Cidália - NS - Condensado e adaptado pelo Trolha)

22 novembro 2010

Dança do varão

Levei-te a jantar ao Cafeína. Estavas eufórica e querias passear junto ao mar. Descemos a rua e caminhámos em direcção ao Castelo do Queijo. 

Os candeeiros e as árvores espreitavam através da névoa espessa que tudo envolvia.  O ar estava carregado de uma humidade desagradável mas não estava frio. De repente, largas-me da mão e desapareces, como por encanto, na névoa branca. Corro na tua direcção e não te vejo. Sinto que estás por ali e talvez me estejas a ver. Encontro-te agarrada a um candeeiro de metal esverdeado, em pose sensual, a simulares a dança do barão. 

Aproximo-me, silenciosamente, e agarro-te por trás. Aperto-te com força contra o barão e levanto-te a saia. Ficas toda exposta com as meias de liga, presas ao corpete preto, sem cuecas. Corro o fecho das calças, desço os boxers e enterro-me em ti com sofreguidão. Tu empinas o mais que podes o rabo e eu tento encaixar-me melhor segurando-te pelas pernas. Ficas suspensa no ar e agarras-te  ao pé do candeeiro. Começam a faltar-te as forças. Ainda tentas virar-te para me abraçares mas não consegues e estatelas-te no chão.

20 novembro 2010

Convite para jantar

- Convida, num dia destes, a tua amiga para um jantar em minha casa
- Hmmmmmmmmmmm ....  Andas a magicar alguma.
- Não, não magico nada. Mas quem sabe não acontece um momento mágico e as duas ficam abertas a tudo?
.

19 novembro 2010

Prego no pão a pingar no chão

Frequento, no verão do meu contentamento, a Esplanada do Alex.
Passe a publicidade, tem o melhor prego em pão que  conheço.

Carne suculenta e abundante a pingar no chão.
O que aquele prego no pão me faz lembrar não lembra ao diabo.

15 novembro 2010

Jogos eróticos (cerejas com chantilly)

Sentado no sofá, vias televisão .
Ela levanta-se, de repente, e dirige-se à cozinha.
Traz do frigorífico dois recipentes de vidro: um com cerejas lavadas e escorridas e o outro mais pequeno com chantilly. Ela sabe como tu és guloso por cerejas.

- Despe-me! - ordenou ela.

Logo após, venda-te os olhos com um lenço escuro.
E explica-te o jogo: «Vou deitar-me aqui no sofá. Se queres comer as cerejas, vais ter de as encontrar algures no meu corpo. Só podes utilizar a boca e a língua. Se te demorares muito ou se as procurares com demasiada sofreguidão, quem come as cerejas sou eu.».Passa um cereja pelo chantilly e cola-a no pescoço.

- Essa foi muito fácil de descobrir, sorte de principiante - disse ela.

Tu sorris, agradeces e comes a cereja.
Cola um cereja com chantilly em cada um dos mamilos. Tu, levado por uma qualquer intuição, acertas de imediato no alvo. Comes as cerejas e aproveitas para morderes com os lábios aqueles mamilos erectos da excitação.

- Porra, pareces bruxo ! - estranhou.
- Ahhhhhhhh .... desta vez, lixas-te ! Demoraste muito tempo. Esta como-a eu - esclareceu.
- Vamos à próxima.

Tu passaste suave e demoradamente a língua pelo pescoço, pelos mamilos, percorreste todo o seu alto ventre, desceste até à  genitália. Nada. Braços, pernas, quadris. Nada.

- Desculpa, mas não tens qualquer cereja no teu corpo.
- Tenho duas cerejas no meu corpo - insistiu ela.

Fez-se luz na tua mente.
Abocanhaste-A e retiraste lá de dentro duas cerejas gordas lambuzadas de chantilly e de algo mais com sabor indescritível.

09 novembro 2010

Homens solitários, bestas de inquietação

Exaltada, massacras-me o juízo,
Aos gritos, atiras-me à cara coisas horríveis,
Determinada, arrasas-me.

Olhas para mim com desprezo, farrapo humano, feito em cacos.

E seduzes-me e entesas-me,
E devoras a minha pele, faminta de sal,
A tua língua na minha língua, no meu sexo,
No meu sexo que é o teu,
Violento, brutal, violento.

Rasgo as tuas roupas com a violência dos homens solitários.
Esmago o teu corpo no meu corpo com a brutalidade dos homens feitos bestas de inquietação.
Possuo-te selvaticamente
E sinto o teu prazer eco do meu prazer.

05 novembro 2010

Mulheres de tomates

Quando dançava na discoteca com um grupo de amigas, não pude deixar de reparar nela e no seu olhar matador de predadora sexual.
Na casa de banho, enquanto retocava a pintura irreconhecível depois de horas de sauna na pista de dança, sou agarrada por trás e empurrada de encontro ao lavatório. Atónita, não reagi. Ela apalpou o que quis apalpar: o rabo, as mamas, as coxas e a púbis. Refeita da surpresa inicial, consegui libertar-me e fugir.
Queres saber o que senti? Não vou negar que estremeci toda. Inebriada pelo álcool e pela música, claro que senti prazer em ser apalpada e acho até que gemi. Não acredito que uma mulher não sinta prazer em ser apalpada naquelas condições: por um homem ou por outra mulher.

04 novembro 2010

Bem orientada com ou sem GPS

- Olá, João!
- Olá!
- Nunca mais se apresentou à psicóloga? Tem medo que lhe descubra os podres?!!!!
- Como? Não estou a entendê-la.
- Não falas comigo. Ficaste logo saturado daquilo a que chamas conversa da treta?
- Sim ... detesto conversa da treta. Mas a nossa conversa era conversa da treta?
- Para mim não foi. Tu é que, assim , a classificaste.
- Ah! E estás disposta a mudar de rumo? A mudar de rumo ao rumo da conversa?
- Queres que eu rume a norte, é ???!!!
- Podes rumar a norte para depois nos dirigirmos ao centro.
- Estou a ber-te. Será que me vou nortear? Mas para isso seria necessário que estivesse desnorteada.
- Diz-me uma coisa: andas bem orientada?

03 novembro 2010

Boa onde?


«És boa onda», mensagem (sms) dele.
E a mim só me apetece perguntar-lhe: sou boa onde?
Aposto que não saberia como responder-me.

02 novembro 2010

Técnicas de sedução.

Queres seduzi-lo ou deixá-lo pelo beicinho?
Esconde o que mostras e mostra o que escondes.

01 novembro 2010

À sua total mercê.

- Acho que deves experimentar tudo e realizar todas as tuas fantasias.
 Tudo, tudo,  não. Acho que nao tenho mentalidade para isso. Sou simples. Podes pensar que não mas sou.
 Que fantasia gostarias de realizar e achas que  não és capaz?
-  Quero ter um encontro às cegas com um desconhecido e ficar à sua total mercê. Isso vai ser mesmo uma loucura!.
- Hmmmmmmm ....
-  Mas a  minha fantasia és TU!

31 outubro 2010

BEMBOM

- Apetece-te algo?
- Apetecer até apetece. Mas despedi o Ambrósio.
- Ah, despediste aquele mordomo, pedante, viciado em mordomias. E, agora, andas à míngua sem ter quem que dê o BEMBOM.

28 outubro 2010

Técnicas de masturbação

Fechas os olhos e esfregas com a palma mão para cima e para baixo
Sabe tão bem!!!
Apertas os lábios
Saboreias os teus lábios passeando neles, de forma discreta, a língua em semi-círculos
Não aguentas mais. É incontrolável. É mais forte do que tu
Pensas obsessivamente  em te vires
Queres ter um orgasmo
Levantas-te da cadeira e vais à casa de banho
Colocas as mãos no lavatório
Desces as cuecas
Encostas-te e esfregas-te no lavatório para cima e para baixo
Toda exposta
Imaginando que um desconhecido te toma por trás pressionando-te contra o lavatório
Tens um orgasmo indescritível e avassalador.

Lavas as mãos, arranjas-te, dás um jeito ao cabelo
E voltas para o teu posto de trabalho.

18 outubro 2010

As minhas incursões no Facebook

 Ó joão não sei ao certo quem tu és ,mas tenho te a dizer que é melhor te dedicares as obras mesmo,as mulheres que passaram na tua vida deixaram danos irreparavéis na tua personalidade ,sabes quem é o teu altar elgo??!!!! se souberes melhor senão só obras de trolha te valem




    • João Trolha  Ó Cara Carla,
      Altar Elgo? E o trolha, aqui,  sou eu?
      Não queira a sapateira ir além da lagosta.


    • Sapateira  Olha,realmente sei que a palavra não se escreve assim ,não me dei ao trabalho de ver como se esvreve,sou sapateira não pertendo ser outra coisa ,ao contrario do que vejo no trolha ,erros de escrita todos temos ,mas erros de personalidade não......



    • João Trolha Queres tu dizer na tua que não passou de um «lapsus calami». Mas eu reservo-me o direito de duvidar.
      Ate prova em contrário, és sapateira.
      Prova que és lagosta.
      Prova-mo!

12 outubro 2010

Obcecada pela sua «personal trainer»

Todos os frequentadores do ginásio - homens e muheres  - andam obcecados pela professora

O marido tinha uma reunião de trabalho em Lisboa no dia seguinte e não ia dormir em casa nessa noite. No fim da aula de ginástica, convidei-a a vir a minha casa ver o último episódio do Dexter, sacado da Net, que ainda não passara na televisão portuguesa. Ela, tal como eu, era uma seguidora atenta e fiel daquela série televisiva.

Ultrapassado o espanto inicial do convite, lá acabou por aceitar. Eu mesma me ofereci para a levar e trazer de volta a casa no meu carro. Fiz chá de camomila e umas torradas (com manteiga magra!) antes de nos deitarmos. Ela massacrava-me o juízo se soubesse que usava em casa manteiga gorda.

Muito suspense e adrenalina depois, apercebemo-nos que já passava da meia-noite. Mas, pior do que isso, lá fora, chovia copiosamente com o vento a soprar em rajadas. Não me apetecia nada ter de a levar a casa. E desafiei-a a dormir comigo.

Também ela não queria ir para casa (e ter de dormir sozinha) naquelas condições e aceitou o meu convite. Fui buscar-lhe a minha  camisa mais curta e apertada. Era ligeiramente mais magra do que eu e aquele corpo alongado e quase sem curvas, de rapazinho, ia ficar um espanto naquela camisa super reduzida. Eu não me enganara. Ela rodopiou na minha frente, vaidosa e embevecida com os meus elogios.

Deixei-a ir deitar-se primeiro. Depois de se ter metido na cama fui à casa de banho e retirei as cuecas. Ia dormir sem cuecas. Já tinha fantasiado tantas vezes estar com ela na cama, sem cuecas, que a cena nada tinha de estranho. Até me pareceu algo que fazia parte da minha rotina diária.

Sentei-me na cama ao seu lado  e conversámos. Conversa banal de assuntos banais. Conversava comigo aconchegando-se nos lençóis, qual criança mimada e carente. Acabei por me deitar de lado virada para as suas costas.

Mas não conseguia adormecer. Mexo-me muito na cama e, às tantas, o meu pé deu com o pé dela. Deixei-o estar. E, aparentemente, não estranhou ou mostrou qualquer sinal de desagrado. Lentamente, muito lentamente, fui-me aproximando daquele corpo esguio e elástico, que eu tantas vezes admirara nas aulas de ginástica. Até que ficamos coladas uma na outra. Ou foi impressão minha ou também se ajeitou para ficar melhor encaixada em mim?

Eu estava cada vez mais inquieta e desassossegada. E, despercebidamente, coloquei a minha mão na sua perna nua que a mini camisa deixara a descoberto. Não senti qualquer reacção adversa: mostrou-se passivamente cúmplice da minha ousadia.Tinha vontade de explodir mas mantive a calma e o sangue frio. Ia cozinhar o  desejo dela em fogo lento.

Percorria, agora, com as pontas dos dedos, de forma quase imperceptível, as suas coxas de toque aveludado, ora avançando, ora recuando, fazendo o jogo da aproximação perigosa à sua Gruta Secreta. Com um movimento subtil, afastou ligeiramente as pernas como que a convidar-me a ir mais além. Era esse o sinal que eu mais aguardava: ela estava pronta a entregar-se.

Lá fora, a chuva fustigava,implacável, as persianas das janelas. Aquele noite prometia ser uma noite longa.

08 outubro 2010

Negar-lhe o prazer

Isso não se faz!

Quanto começo a sentir-te.
Quando o suor se cola à pele
Quando as faces ficam ruborizadas.
Quando a respiração aumenta e os gemidos aparecem, a ansiedade cresce, a vontade é incontrolável,
Quando estou aberta, pronta e receptiva  ...

Tu levantas-te e vais embora?

03 outubro 2010

O GRITO

Tu és o meu sol!

És tu que me dás vida
quando me resgatas das sombras da noite
onde jazo fria,
vazia.

Contigo reapareço
contigo vivo.

Revela-me!

Revela-me a alma
que se esconde debaixo dos meus próprios olhos, esquiva,
que se mostra aos outros e se esconde de mim.

Porquê?

Terá receio de não ser entendida?
Terá medo de ser rejeitada?

Terá medo de um dia de liberdade,
do calor abrasador do areal,
do vento agreste que crispa a água azul e salgada
da noite fresca de luar?

Resgata-me!
Quero viver a vida!

(Poema descoberto no meu sótão cibernético)

28 setembro 2010

Malvadez pontual

Amor é  ...  deixá-la com a mão pendente.


- Tenho muita sensibilidade na ponta dos dedos.
- Tens mais na ponta da língua.
- Na ponta da língua ou na língua dá ponta?
- Vá lá, não sejas indecente.
- Indecente, eu? Sou  indecentemente decente, acredita.
- Não. És depravadamente indecente. E mais mada. Bom, pareces-me mais qualquer coisa. Ainda não descobri foi o quê. Falta levantar a ponta do véu. Pronto, lá vem a "ponta" outra vez.
- E sabes porquê?  Porque andas sempre com a ponta na ponta da língua..
.
. (60 minutos depois)
.

- Trolha, seu malvado! Deixaste-me com a mão pendente ...
- Hã? Deixei-te com a mão pendente???!!!
- Quando  estou sentada, à vontade, repito, à vontade, tenho por hábito  colocar a mão, assim, entre as pernas e depois vou subindo  a mão conforme a vontade.
.

27 setembro 2010

Aventura

  • Primeiro, SENTES uma atracção irresistível. Sentes um estado de grande EXCITAÇÃO. O teu coração bate mais rápido. Respiras de maneira mais rápida também. Tu simplesmente SENTES ESSA EXCITAÇÃO INCRÍVEL pelo corpo todo.
  • É!
  • Depois surge a fascinação. Tu SENTES-TE TÃO SEDUZIDA que queres EXPERIMENTAR ESSE PERCURSO várias vezes. Mal DESCES, queres SUBIR de novo.
  • É!
  • Mesmo que a ATRACÇÃO pareça PERIGOSA tu sabes que estás segura, SENTES-TE SEGURA pois sabes que nada de mau pode acontecer e isso permite-te SENTIR TOTAL LIBERDADE para IR E GOZAR ESSA GRANDE AVENTURA.
  • Ah… sim!!!??
  • ....
  • .....
  • ....
  • ....
  • .....
  • .....
  • .....
  • ......
  • ......
  • ......
  • .......
  • Imaginas como é divertido andar na MONTANHA RUSSA! A subir e a descer... o teu coração a bater com força e a emoção à flor da pele. Poderes sentir toda a excitação do momento. Na parte mais emocionante tu gritas e sentes aquela vibração maravilhosa e empolgante.

18 setembro 2010

Andar a pé faz bem ao Ego?

Estava boa a praia?
- Òptima. Sol, sem vento. A água quentinha.
- Ai....nao acredito que nao fui !
- Fiz 12 kms a pé no passadiço de Gaia
 A serio? Estás  em forma, caramba! Fazes bem ..... faz bem ao Ego
Andar a pé faz bem ao Ego? O que faz bem ao Ego é andar deitado.
- Hã???!!!
- Em cima delas

15 setembro 2010

Boas vibrações

Se queres uma mulher, rendida aos teus pés, fá-la vibrar. As mulheres vibram com quem (e por quem) as faz vibrar. Portanto, se queres seduzir uma mulher, fá-la vibrar. Literalmente: da cabeça aos pés.

Há homens (e mulheres) que, sem fazerem esforço algum, conseguem fazer vibrar uma mulher. Muitas vezes, basta a  sua  presença. E outros há, coitados, que  por mais  que se esforcem, por mais  voltas que dêem, nunca conseguem fazer vibrar uma mulher.

Para não falar naqueles e  naquelas cuja  presença provoca vibrações negativas. Mas desses e  dessas não reza a História.

09 setembro 2010

Prostituição feminina na Roma Antiga

As mulheres que se dedicavam, na Roma Antiga, à mais velha profissão do mundo estavam catalogadas do seguinte  modo:

- DELICATAE - mulheres mantidas por ricos;
- FAMOSAE - filhas e esposas de gente endinheirada que  se entregavam ao sexo por puro prazer;
-  DORAE -  prostitutas que andavam nuas ou semi-nuas nos locais onde se  prostituíam;
-  LUPAE - que exerciam a profissão debaixo dos arcos e das  pontes;
-  NOCTILICLAE - mulheres que saíam apenas à noite para encontrarem parceiros sexuais;
-  COPAE  -  que trabalhavam em tabernas, estalagens e pousadas.

NR: Na Roma Antiga e na Roma Actual as coisas não mudaram assim tanto, afinal

03 setembro 2010

Química ou física? Eis a questão

- Tu até gostavas de passar a noite comigo. Diz lá que não!
-  Em fantasia gostava
-  E ao vivo e  a cores, não?
-  Só  se houvesse quimica
-  E física?
-  Ehheheeheh
-  Olha, querida,  prometo-te muita física da minha parte. Tenho de  justtificar o dinheiro que gasto no ginásio.

15 agosto 2010

A testar ou atestar?

DIÁLOGOS NO IRC (sala de conversação)

- Estás a testar-me ???!!! Achas que eu quero atestar-te, é?
- Acho. Sinceramente, acho
- E preferes normal ou super?
- Assim como assim, dá-me a mais potente

13 agosto 2010

Mulheres seduzem outras mulheres

Mulheres oferecem-se a outras mulheres, em salas de chat e no MSN,  para noites de prazer


São mulheres, em geral,  glamorosas e jovens. Passam o dia ligadas a salas de chat ou no MSN. Algumas trabalham e são donas do seu próprio negócio.  Metem conversa despreocupadamente com mulheres e não têm qualquer problema em se mostrarem através da web-cam.

Sofisticadamente vestidas e arranjadas, revelam-se algo discretas mas sensuais para as  suas interlocutoras. Mostram sem pudor a lingerie que usam,  falam  à vontade dos  cremes e de outros produtos para massagens eróticas e das últimas  novidades em matéria de vibradores e afins.

Depois de ganhar a  sua confiança,  confidenciam-lhes   a sua fantasia de estar na cama com outra mulher, levando-as a acreditar que esta  fantasia é recorrente em quase todas as mulheres. E de como é difícil a uma mulher, sobretudo se for  casada,  realizar, na sua roda de amigas, esta fantasia se pretender  mantê-la sob  sigilo absoluto. E tentam, igualmente, conhecer as suas  fantasias, fetiches ou perversões mais estranhas, mostrando-se  disponíveis e abertas a realizá-las.

Quando as sentem entusiasmadas com a ideia  de irem para a  cama  com outra mulher, elas oferecem-se para lhes  proporcionar essa experiência, que dizem ser inesquecível, tentando deixá-las empolgadas ao descrever-lhes, com pormenores inusitados, vibrantes massagens eróticas,  banhos de  espuma com velas aromáticas acesas  por toda a casa,   pétalas de rosas na cama, saboreando as duas taças de champanhe gelada  na água morna da banheira. Garantem-lhes  orgasmos avassaladores com cremes e outros produtos potenciadores do prazer sexual feminino.

Sem pressas, revelam-se boas psicólogas e experts na arte de seduzir, cozinhando  o desejo delas em fogo lento, durante dias, semanas ou meses, sempre na maior discrição.

Quando as  sentem preparadas e ansiosas por terem a sua 1.ª experiência na cama  com outra mulher, perguntam-lhes quanto estariam elas dispostas a pagar por isso. Face ao seu espanto e  incredubilidade, atiram-lhes com uma proposta:  pagam o preço que deram pela  peça de roupa mais cara que compraram recentemente: para uma experiência memorável,  no maior sigilo, mantendo um rigoroso anonimato e sem perguntas de parte a parte.

 E, não se  coibem, de lhes recordar o facto de outras mulheres, agradecidas pelo prazer que  lhes proporcionaram, as terem mimado com prendas valiosas chegando a pagar-lhes muito mais do que os 300 Euros que tinham previamente combinado. "Por uma noite que passei com ela, deu-me 1000 Euros" , gabam-se elas ufanas.

12 agosto 2010

Fantasia feminina: ser presa por um polícia

Pedi-lhe os documentos de identificação. Veio com a estafada desculpa de que se esquecera deles em casa. Apliquei-lhe logo ali a coima máxima. Ela gritou, barafustou e tentou agredir-me. Disse-lhe que iria ser presa por desacato da ordem pública e agressões à Autoridade.

Esperneou, gritou feita histérica, mas, por fim, consegui algemá-la. Ordenei-lhe que se debruçasse no banco do carro. Levantei-lhe a saia, desci-lhe as calcinhas e aprontei o cacetete.

Finalmente, começou a sentir toda a força da Autoridade.

- No fundo, bem no fundo! - gritou ela. Era isso que eu queria!

10 agosto 2010

Cougars - Mulheres Predadoras (parte II)

Esplanada do Alex  -  a praia onde os famosos se espreguiçam ao sol (DN)

Um dos inconvenientes (ou talvez não) da muito badalada Esplanada do Alex é o facto das espreguiçadeiras se concentrarem numa área exígua da praia de modo a aproveitar a barreira do enorme  tapa vento, que sopra desabrido nas tardes do nosso descontentamento, ficando os veraneantes colados uns aos outros.

Quis o acaso ou o destino que nessa tarde um friso de 4 sereias, que a minha amiga teimava em escarnecer dizendo não ver nelas nada de especial, se alinhava mesmo atrás de nós. Para a minha amiga  não eram nada de especial mas quem não gostaria de ter mulheres daquelas no seu portfólio?

A tarde espreguiçava-se monótona e sonolenta naquele ambiente morno e sem vento. Coisa rara de se ver por estas paragens. Por momentos, recordei as praias calmas do Caribe. Mas a ausência do azul-turquesa da água do mar depressa me acordou para a realidade.

Quando ele chegou, todas elas se alvoroçaram. Era um gajo grosso de alto a baixo, demasiado grosso para o meu gosto, moreno, barba de 3 dias e musculado: um possante touro de cobrição. Reparei, depois, que apesar do aspecto algo rude da sua figura tinha um trato fino e revelava-se culto pelas conversas que mantinha com as amigas, que se esforçavam por travar um diálogo elevado e sério sobre os novos métodos de ensino. Julgo que seriam todos eles colegas e jovens  professores.

À cougar, toda escarranchada ao sol no fila de espreguiçadeiras logo a seguir e com um bronze de fazer corar de raiva as recém-chegadas de pele enjoada, não passou despercebida a chegada do garrano. Nem o facto das amigas, babadas, o tratarem como um príncipe, chegando ao ponto de se oferecerem para ir ao bar buscar o gelado da sua preferência. Ela cobiçava-o com olhares suculentos quando ele se deitava de bruços na espreguiçadeira ficando os dois  face a face.

No dia seguinte, ele voltou à praia, agora, sem a companhia das amigas, E reparo, com espanto, que conversava animadamente com a cougar. Foram juntos à água e depois ele juntou-se ao filho dela para um jogo de vólei de praia. À tardinha foram os três lanchar ao bar do Alex. «Este já está no papo», lambia-se, luminosa e exuberante, a cougar.


Cougar é um termo usado na gíria americana para definir uma mulher de mais de 40 anos, independente e bem sucedida na vida, que procura homens mais novos do que ela. Uma leoa que caça por prazer depois de já ter criado os filhos

04 agosto 2010

Remédio santo

Empregado de mesa de uma confeitaria de luxo, frequentada pela média e alta burguesia cá do sítio. É conhecida como a confeitaria do «jet set».

- Foi remédio santo - confidenciou-me ele. Antes, resmungava por tudo e por nada: ora estava quente, ora estava fria. Ou muito escura ou muito clara. Nunca a meia de leite estava a seu gosto. Agora, vem sempre acompanhada pelo marido e é só sorrisinhos. Nunca reclama por nada.
- Mas então o que foi que aconteceu para tão radical mudança? - indaguei eu
- No fim de semana passado, vi-a a sair do motel Flamingo muito bem acompanhada. Ela não me viu mas eu vi-a. E tive a lata suficiente para lhe perguntar se tinha gostado do Flamingo. Ela ficou branca como a cal e com o indicador em riste nos lábios mandou-me estar calado e fazer de conta que não tinha visto nada.
- O Flamingo não é aquele motel ali para os lados de Perafita? - perguntei eu
- Esse mesmo. Aquilo é o Ferrari dos motéis. Mete a Tropicana e o Havana num bolso. É outro ambiente. Luxo e requinte para quem pode pagar.
- Mas, ó Filipe, desculpe lá, você tem dinheiro para levar gajas para o Flamingo? - provoquei-o eu.
- Acha que com o ordenado de empregado de mesa dá para levar gajas a motéis? São elas a pagar, claro. Convidam-me e eu vou. Conheço todos os motéis aqui das redondezas. Agora, uma cliente falou-me num motel à saída da Póvoa. Dizem que é muito bom. Um dia prometeu levar-me lá.
- Quando for ao Tropicana, recomendo-lhe as tostas mistas  - disse-lhe  a sorrir.
- Depois de umas horas sempre a «bombar», uma tosta mista e uma Super Bock gelada sabe melhor que o melhor manjar - conclui eu.

Ele deu uma gargalhada sonora, fazendo com que alguns clientes da confeitaria virassem a cabeça em nossa direcção. Também ele conhecia já as tostas mistas suculentas do Tropicana.

- Mas voltando ao assunto inicial. Você, agora, tem a gaja na mão se quiser - atirei.
- Eu sei, João. E a gaja é cá um pito, faz favor. Um dia que ela venha sozinha, raios me partam, ganho coragem e pergunto-lhe se não tem saudades de fazer uma visita ao Flamingo. Nem que tenha de ser eu a pagar o motel.


Moral da história: os motéis são discretos e estão situados em locais discretos. Não se vê ninguém à entrada ou à saída. Mas nunca se sabe se o seu vizinho da frente ou a sua vizinha do rés-do-chão não estão dentro do carro que segue atrás de si ou à sua  frente, sobretudo nos fins de semana onde se verifica grande aglomeração de clientes. Os carros chegam a fazer bicha para entrar e para sair do motel.

02 agosto 2010

Cougars - Mulheres Predadoras

Aconteceu na Esplanada do Alex

Estava eu posto em sossego, quando fui sobressaltado por algo que  me chamou a atenção. Alto, porte atlético, pujante. Um macho saudável de vinte e poucos anos. Ela, quarentona, exuberante e sensual que  o biquíni, super reduzido, deixava revelar já alguma celulite e flacidez de carnes.

Estavam os dois, lado a lado, cada um na sua espreguiçadeira, como dois lagartos a acumular energias ao sol. Será a mãe e o filho, pensei. Mas como pode um matulão daquela idade perder uma tarde de sábado a apanhar banhos de sol, na praia, ao lado da mãe?

Ela levantava-se para ir refrescar-se ao mar e ele seguia-a como um cachorrinho. Ela ia ao bar e ele ia atrás. Que estranho!

Só depois  de se ter ido embora, a meio da tarde, me apercebi que não era seu  filho.  Era um amigo de ocasião que  conhecera na noite anterior numa discoteca famosa da cidade. Os seus amigos,  delegados de propaganda médica, mal ele levantou âncora, começaram a mandar indirectas cada vez mais óbvias. Ao ponto dela se exaltar e os mandar calar.

Nem de propósito, lia numa revista do Expresso um artigo sobre as mulheres cougar, hoje muito badaladas nas revistas do jet set.. O autor do artigo  recorria à nossa memória genética, que  retém dados sobre as várias fases de desenvolvimento e evolução da humanidade, provavelmente desde os reinos inferiores até ao hominídeo, para explicar o comportamento das cougars.

Dizia  o articulista  que as fêmeas dos hominídeos primitivos assistiam impotentes à morte da sua prole por fome, doença, guerra ou outras. Era necessário manter activa a vontade de procriar ate à menopausa, enquanto se mantivessem férteis. Milhões e milhões de anos de evolução deram à mulher a faculdade de manter-se sexualmente activa, com fantasias e interesse sexual crescentes antes do envelhecimento do sistema reprodutivo. E, como que adivinhando o fim do ciclo, as fêmeas transformam-se, nessa altura, em predadoras sexuais. É o tocar a finados da sua capacidade de  procriar.

Vamos ter de reescrever a História da humanidade. Afinal as Catarinas da Rússia e as Lucrécias Borgias  de má memória  não eram a excepção. Mulheres quarentonas, casadas ou não, revêem-se nelas perseguindo adónis, no auge da sua potência viril,  para satisfazer o seu apetite sexual desenfreado. Chegando mesmo a embarcar em cruzeiros de luxo, organizados   para o efeito.

Cougar é um termo usado na gíria americana para definir uma mulher de mais de 40 anos, independente e bem sucedida na vida, que procura homens mais novos do que ela. Uma leoa que caça por prazer depois de já ter criado os filhos

24 julho 2010

Liberta e selvagem

Cerca de 90% das mulheres têm fantasias sexuais com outras mulheres: ou durante o acto sexual com o seu parceiro ou quando se masturbam sozinhas.

Mas isso não significa que, secretamente, desejem estar com outra mulher na cama.

Uma fantasia lésbica pode transformar-se num poderoso afrodisíaco e é a melhor forma de uma mulher se sentir liberta e selvagem.
.

12 julho 2010

Fode-me, porra!

São mulheres sexualmente activas. Os homens sentem-se intimidados e ficam constrangidos ao pé delas com medo de falhar. Elas  tiram o tesão a qualquer gajo

São mulheres cultas e economicamente independentes. Habituadas a coordenar equipas mistas (de homens e mulheres), transpõem para a vida social os tiques autoritários adquiridos ao longo de anos de profissão. Discutem, de forma apaixonada e com grande à-vontade, as opções políticas e económicas do governo, os futuros da bolsa de Nova York ou da Euronext , os vinhos da moda e os carros e motos, objectos de culto dos seus parceiros de ocasião. E não se coíbem de lhes chamar a atenção, de os ridicularizar, até,  perante os seus amigos e amigas, em suma, de os remeter à sua insignificância.

Aceitam de bom grado os convites deles para jantar. Perfumam-se, decotam-se, apertam-se´e encurtam as saias, sonhando e suspirando por uma noite tórrida de sexo.Esperam, depois das intermináveis horas de conversa no bar, após o jantar, que eles as surpreendam com um convite mais ousado.

Mas, desiludidas, ouvem da sua boca que elas são especiais, mulheres sérias, as mulheres que qualquer homem deseja conhecer para um relacionamento com futuro. Não, não as querem levar para a cama porque passariam a considerá-las mulheres de engate, mulheres vulgares. E elas são as suas rainhas. As suas deusas. As deusas que eles querem venerar e não conspurcar em noites escaldantes de sexo.

Em desabafos com as amigas, suas confidentes, querem perceber as causas, querem ouvir as razões, querem conhecer os motivos.

Eles não querem assumir um relacionamento sério? Procuram sexo descartável? Andam à procura de uma «one night stand»? Mas também elas não procuram relacionamentos sérios. Procuram, apenas, homens  do seu meio e  da sua  condição social para terem uma vida sexual equilibrada.

- Olha bem para mim. Uma gaja gira e boa. Saio com um gajo há meses. Porque razão não me convida para a cama? - questiona ela, prostrada e à beira de um ataque de  nervos.
- Mas ele não será gay ? -  tento consolá-la.
- Não, ele não é gay porque fode com outras gajas - remata ela.
- E o pior de tudo sabes o que é? Este é o terceiro gajo com quem eu tenho saído no último ano que se recusa a ir para a cama comigo.

11 julho 2010

Amores de verão

Porque me olhaste daquele modo?
Quando?
Qunado entrei no bar. Até me senti mal. Não sou uma prostituta, fogo!
Desejei-te. Apeteces-me. Quis despertar a fêmea que há em ti. É crime?
Queres engatar-me. é isso? Considera-me engatada, pronto.
Lol. Onde queres ir?
Surpreende-me!

05 julho 2010

O simulacro

«Não te esqueças que o técnico dos elevadores ficou de tocar aqui  por causa da chave da casa das máquinas» – recomendou-lhe ele antes de sair para o trabalho.
«Sim, querido, está descansado» - sossegou-o. «Tu de fato e gravata ficas um homem poderoso. Adoro-te, Amor» - despediu-se ela.

Dez minutos depois, tocam à campainha. Quem é? – perguntou. Pareceu-lhe ouvir um sim à pergunta se era o homem dos elevadores. Abriu descontraidamente a porta. Já ele tinha um pé dentro de casa quando se apercebeu que vinha mascarado e com um macacão azul-turquesa, a tresandar a suor, onde era bem visível a marca Schindler, numa etiqueta vermelho vivo. Ainda tentou impedir a sua entrada. Em vão. Ele empurrou-a e, de imediato, tapou-lhe  a boca para não gritar.

E, com ela de costas, fê-la recuar em direcção ao quarto do casal com a porta entreaberta. Sentou-a bruscamente na cama e retirou do bolso lateral do fato-macaco um facalhão enorme ameaçando-a com ele apontado ao seu pescoço. Com gestos fez-lhe ver que lhe espetaria a faca se gritasse. Ela estava lívida de medo. Mesmo que quisesse não conseguia balbuciar uma palavra. Acenou com a cabeça que não.

Com a faca apontada ao pescoço, retirou do bolso uma algema de tecido auto-colante prendendo um dos pulsos ao varão de ferro cromado da cabeceira da cama. Depois com uma outra algema semelhante o outro pulso. E, de seguida, prendeu os dois tornozelos aos barões de ferro dos pés da cama. Tolhida de medo, ela não esboçou a menor resistência. Estava estendida na cama, presa, de braços e pernas abertas à sua total mercê..

Ele puxou a t-shirt em direcção ao pescoço, desapertou-lhe o sutiã, tocando ao de leve nos mamilos erectos. Ela não conseguia disfarçar a excitação que a assaltava. Com as pernas bem afastadas foi fácil arrancar-lhe as cuequinhas minúsculas. Passou a ponta dos dedos no monte de Vénus até à entrada do Templo Sagrado, abrindo ao de leve os pequenos lábios encharcados com a geleia do amor.

Com um sonoro sinal de satisfação, desapertou a algema de um dos pulsos  e …. desapareceu. Ela podia desprender-se, agora, das algemas e correr atrás dele. Mas permaneceu ali na cama imóvel e meio atordoada.

À noite, quando o marido chegou a casa e lhe perguntou se o gajo dos elevadores tinha vindo, ela respondeu:

-Não, Amor, não veio.
-Esses gajos são como os sapateiros, cambada de aldrabões, insurgiu-se ele
- Nem ele se veio nem eu me vim, balbuciou ela entre dentes, olhando fixamente o marido nos olhos, desconfiada.

27 junho 2010

Cavalgar em zonas pantanosas sem ELE ficar atolado

Nos últimos dias da menstruação sentes uma vontade louca de seres possuída por ELE mas, por vergonha, por pudor ou por o achares sujo, não és capaz de te entregar ao desejo que te assalta?

Pois isso acabou.

Agora, com os novos tampões, fabricados na Alemanha pela prestigiada empresa Joy Division, podes dar asas à tua imaginação ou ao teu tesão, cavalgando desenfreada pelos prados verdejantes com ou sem trela.
E vais verificar, com surpresa, que ELE  não vai ficar atolado nas zonas pantanosas.
.

14 junho 2010

Apalpar faz falta?

Flagrantes da vida real

Olá, meu Amor lindo! Ninguém te põe a vista em cima.
- Nem em cima nem em baixo. Ninguém me vê, ninguém me apalpa.
E faz-te falta?
.

13 junho 2010

Love Bondage

Seguro e consensual: princípios fundamentais enformadores da prática do Bondage


O fetiche nasce connosco. Está dentro de nós. Não é algo de construído ou fruto de experimentações. Surge, naturalmente, nas brincadeiras infantis quando as meninas são capturadas e amarradas aguardando ser libertadas pelo seu herói.

Na adolescência, os jovens deliram, enquanto se masturbam no banho, com sessões de tortura e de judiarias indescritíveis com elas bem amarradinhas.

Na idade adulta, o fetiche pode evoluir naturalmente se existir um ambiente favorável. Inicia, então, a mulher uma viagem que a fará entrar nesse mundo maravilhoso de novas emoções e prazeres dela desconhecidos.

Existe o preconceito errado de que a prática do bondage implica um contacto sexual directo entre os parceiros. Ora, isso não é totalmente verdade. Claro que amarrar e ser amarrado dá tesão. A prática do BONDAGE tem conotações sexuais evidentes: está ligada à sexualidade. Mas podem ocorrer sessões de BONDAGE sem envolvimento sexual directo entre ambos como acontece, nomeadamente, quando é praticado por profissionais.

As cordas

Elas podem ser macias de seda ou algodão e ásperas de cânhamo ou sisal. O que importa é que as cordas são, elas mesmas, um objecto de culto e um poderoso afrodisíaco: o modo como se enlaçam, como se cruzam nas costas da mulher, como se dão os nós, como se encaixam nos seios, como se apertam nas coxas, enfeitiça qualquer amante do BONDAGE.

O contraste é absoluto: a pele macia da mulher e a aspereza da corda de sisal a envolver-lhe os pulsos, os tornozelos, os seios, a cintura e as coxas. Isso provoca nos dois um empolgamento de tal modo incrível que só aqueles que já o experimentaram são capazes de o descrever. E o culto das cordas pode atingir uma tal dimensão que há mulheres que chegam a sentir ciúmes das suas cordas: guardam-nas, religiosamente, e não permitem que sejam usadas para amarrar o corpo de outra mulher.

Como mera curiosidade, no Japão a arte de amarrar com cordas - SHIBARI- tem o estatuto de culto, quase religião.

(reposição)

07 junho 2010

Amor entre mulheres (3)

Relações lesbianas: técnicas de engate

- Trabalhas, hoje?
- A mulher trabalha sempre: em casa ou fora de casa
- Mas tu trabalhas pouco por fora. Quer dizer: de quando em vez lá vai uma queca por fora.  Estou errado?
- Estás errado. Sou uma mulher casada e tenho poiso certo.
- És uma mulher vistosa, pá. E exalas sexo por todos os poros. És desejada por homens e mulheres, tenho a certeza disso
- Com mulher não conta. É só mesmo para me divertir
- Não é uma queca?
- Não, é sado. Gosto de explorar o meu lado negro de mulher sádica. Dá-me adrenalina. E eu sou viciada em adrenalina
- Tenho uma amiga que deseja experimentar o sexo lésbico. Queres conhecê-la?
- Não, obrigada. Eu escolho as minhas presas.
- Como engatas as gajas?
- Como os homens
- Fora de brincadeiras, diz-me lá qual é a tua técnica. A ver se aprendo alguma coisa contigo
- Estudo-as. Tenho a sorte de, na minha profissão, manter contacto com casaiis dos estratos sociais mais altos. Por isso, só me interesso por mulheres ricas, carentes e submissas.
- E como as abordas tu?
- Tudo começa com um olhar. Fulminante. De modo a quebrar as defesas todas delas. Deixo-as atordoadas.
- E depois?
- Depois, regra geral, afastam-se. Pouco a pouco e a medo aproximam-se de mim. Até que são elas a procurarem-me. Nessa altura, já tomaram uma decisão. Isto é um jogo. E eu gosto de adiar as coisas. Gosto de cozinhar o desejo delas em fogo lento. Primeiro, dou-lhes um doce e logo a seguir uma bofetada. Ou vice-versa. O que é fácil não tem valor.
- E onde as levas ao castigo?
- Ao melhor sitio que elas possam pagar. Pobre não tem o direito de ser lésbica
- Acredito
- Quando sinto que elas estão prontas, ligo-lhes para marcarem um hotel no fim-de-semana.
- E elas?
- Regra geral, nem fazem perguntas. As mulheres têm uma linguagem que só elas entendem, feita de subtilezas. Um frase, um gesto, um olhar, valem mais do que mil palavras. Olha, tenho de ir. Está uma carente à minha espera. As pessoas só precisam de nós. Mais nada.
.