27 março 2009

Não hei-de morrer sem experimentar: estar na cama com outra mulher

Transar com outra mulher é foda cool.

No jardim-de-infância brincam meninas com meninas. Mais tarde na escola as meninas fazem companhia às meninas e os rapazes jogam à bola com os rapazes. Sempre foi assim. Como se pode contrariar a natureza?

O despertar da puberdade e a descoberta da sexualidade das adolescentes é feita, regra geral, com outras meninas. Brincadeiras infantis com alguma conotação sexual têm lugar nesta altura: abraços e carícias, dormirem e tomarem banho juntas, pentearem-se, arranjarem as unhas, pintarem-se umas às outras. Algo de inadmissível entre os rapazes, não é visto como ética ou socialmente reprovável entre as mulheres.

Por essa razão, a bissexualidade feminina está latente no seu imaginário mais do que a bissexualidade masculina, reprimida desde a nascença. Anos depois, mulheres adultas e despertas sexualmente, ao reviverem as brincadeiras de infância exclamam: ai, como eu era ingénua! E fantasiam como seriam, agora, diferentes o sabor dos beijos, os arrepios dos toques e as palpitações das carícias.

O desejo sexual, aquilo a que na gíria se chama tesão, resulta de factores diversos: biológicos (a tal química, hoje, muito badalada), factores culturais e sociais e mesmo factores psicológicos (fantasias e sinais externos indutores dessas fantasias). Ora, as mulheres, tal como os homens, podem sentir tesão por outra mulher mas não sentem tesão por qualquer mulher.

E, aqui, começa a principal dificuldade de algumas mulheres realizarem uma fantasia que povoa de forma recorrente o seu imaginário erótico: estar na cama com outra mulher. Quando encontram a mulher que as levariam a novos patamares de desejos e sensações sentem-se impotentes e bloqueadas para dar o salto em frente, nomeadamente por falta de coragem em abordar e se abrirem com a mulher que as despertou sexualmente e, ainda, por receio da sua própria orientação sexual.

Mas os tempos estão a mudar. Revistas de grande circulação abordam, sem falsos pudores, esta fantasia enfatizando não ser determinante, em absoluto, da preferência por um ou outro sexo o facto das mulheres ansiarem estar na cama com outra mulher.

Interessante constatar que na bissexualidade feminina não existe, muitas vezes, uma clara demarcação entre o macho e a fêmea, contrariamente ao que acontece com a bissexualidade masculina. Ambas estão ali para desfrutar do prazer do toque macio da pele, do cheiro e do sabor de alguém tão igual e tão diferente de si mesmas. E descobrem, com espanto, que a melhor forma de conhecerem o seu corpo é através do corpo de outra mulher.

Sexo entre mulheres é sexo cool

15 comentários:

Olinda disse...

a mulher que está dentro de mim adora estar na cama comigo.:-)
escreve sobre o grelo da batata, escreves?:-D

Trolha disse...

Querida Sinhã,a,
Nas batatas quanto maior é o grelho menos viçosas elas se mostram. Será isto uma patologia da natureza?
Beijo e bom fds

Trolha disse...

vita,
Obrigado pelas tuas palavras elogiosas. Eu fiz um grande esforço por te surpreender. Surpreendida?
Beijo e boas férias

Vitória disse...

Bastante;P

haahhaahhaha

Não estou de férias;)

Trolha disse...

Minha querida Vita,
Para já tens sido o tesão do meu contentamento.
Haja tesão!
Beijo e um bom Domingo

Olinda disse...

as batatas só fazem diabruras: vestem-se de grelo, apenas, para serem descascadas.:-D

Trolha disse...

Querida Sinhã,
Nem de propósito. Vou meter as batatas no forno.
Os grelos, vou pica-los bem picadinhos, e vou comê-los como acompanhamento.
Beijo e bom resto de Domingo

Paula disse...

por acaso este assunto, a propósito deste blog, veio à baila em conversa com uma amiga minha...
mas chegámos à conclusão que ter esse contacto íntimo com uma mulher seria estranho, hehehe. mama com mama?
e onde fica o peito duro do homem que sabe tão beeemmmm no meio disso? e não só claro....e o resto também!

(...) disse...

Homens a falar de mulheres é assim... é como falar do desconhecido...

Trolha... falas dos jardins de infància da tua época... das escolas da tua época... certo?

Acabaste o post com uma frase que já me foi dita, por uma lésbica, e que eu não concordo minimamente : "a melhor forma de conhecerem o seu corpo é através do corpo de outra mulher."...mas é só a minha maneira de ver as coisas

A meu ver cada ser é único pelas mais variadas razões, experiências vividas, e época em que se vive...

Trolha disse...

Minha querida (...),
Falo dos jardins de infància da minha época... das escolas da minha época época. E das quarentonas de hoje que vivem o dilema de experimentar ou não (antes de morrer) estarem na cama com outra mulher, Certo?
Juro que a frase que referes não a ouvi da tua amiga (que certamente gostaria de conhecer) mas, admito, é uma frase que se ouve por aí.
No resto continuas rebelde como dantes. Não vai ser fácil domesticar-te. Tenho perfeita consciência disso.
Um beijo e um bom dia de trabalho

Trolha disse...

Minha querida Paula,

Como forma de «aproach» para tentares realizar com a tua amiga esta fantasia, acho que não estiveste mal. Ela deu-te com os pés dizendo-te que prefere um peito duro (e outras coisas duras) a uma mama fofa? No problem. Tenta, de novo, falando a propósito ou a despropósito do meu post. Pode ser que com sorte alguma decida sair do armário dos seus desejos recalcados

Beijo e bom começo de semana

Paula disse...

hehehe
já me fizeste rir ao ler a tua resposta!
nada de engates a amigas simplesmente falamos de tudo, porque temos abertura para isso.
e sim, mais vale coisas duras que uma mama a encostar.
olha que sou muito bem definida nas minhas preferências...

(...) disse...

Fiquei esclarecida quanto às épocas...

Todos ficámos esclarecidos que és um quarentão... ( eu ja o sabia)...

Não jures nada... o mundo às vezes é tão pequeno...

Eu sei que é uma frase muito ouvida... às vezes são modas que dão jeito para justificar muita coisa...

Domesticar-me????? LOLOLOLOL... esse teu humor... por vezes ainda me consegue fazer rir...

E... pegando nessa frase e em outros comentarios... acho mais interessante o descobrir um corpo e um toque mais... duro, firme!

Trolha disse...

Querida (...),
Estás esclarecida e eu estou esclarecido. Palavras para quê?
Beijo

(...) disse...

As palavras não servem so para esclarecer... às vezes têm o efeito contrario...