05 outubro 2006

A HORA DO LOBO

SONHO OU REALIDADE ?



Era uma noite de Agosto.Noite abafada de Agosto.
Por vezes, soprava suave e quente uma aragem seca que fazia esvoaçar as cortinas brancas das janelas, abertas de par em par.

A luz da lua cheia ofuscava as estrelas à sua volta. E de quando em vez penetrava na sala semi obscura através das cortinas desfraldadas.

Estava só, sentada frente ao computador, entretida naquela conversa fiada, feita de mentiras e meias verdades, dum chato qualquer.Mas a expressão dela era de tédio e aborrecimento.A conversa seguramente não a entusiasmava.

Pedro, o seu marido, saíra como de costume, para ir beber uns copos com os amigos. E era certo e seguro que, antes das 3 horas, 4 horas da manhã, não apareceria.

De repente, sem ela o pressentir, alguém que se aproximara silenciosamente, lhe tapa os olhos com as mãos.A sua reacção imediata foi procurar as mãos que lhe tapavam os olhos para tentar saber quem era o intruso. Mas, estranhamente, não sentiu o mais pequeno receio.As suas mãos eram delicadas, com os dedos esguios e as unhas cortadas rentes.

- Hum.....És o Pedro. Sei que és tu. Eu conheço-te pelo cheiro do perfume. Deixa-te de brincadeiras!
- Porque vieste tão cedo?

Mas ele nem uma palavra.Ela com as mãos apalpou-lhe a roupa. Ele trazia vestido umas calças de ganga, cinto largo e uma camisa de manga curta de algodão. Tal como o Pedro se vestira quando saíra de casa.

- Deixa-te de fitas. És o Pedro. Sei que és tu. Porque me fazes isso? Nunca me fizeste isto. Que te deu? Deve ser por estar lua cheia, queres ver!!!! ????

Num gesto brusco e repentino ele tirou-lhe as mãos do rosto e sem que ela tivesse tempo de o observar tapou-lhe os olhos com um pano preto de algodão macio.Ficou mergulhada na escuridão mais absoluta.

Mas não resistiu. Começou até a achar piada à situação.

- Está bem, queres brincar, brinca ....até estou a achar piada. Estou a adorar... Continua....amor, continua........

Ao dizer isto todo o seu corpo estremeceu ...... os seios começaram a ficar entumecidos e os bicos retesados..... O coração batia forte.... cada vez com pulsações mais fortes.O seu corpo começou a ficar quente e a sua cara rosada de prazer.Mas ela permaneceu imóvel. Sem dizer uma palavra. Numa espécie de sonho.

Estremeceu quando sentiu a sua mão tacteante, extremamente inábil e nervosa, sob a sua roupa.Ela sentiu o coração dele a bater com força e a sua respiração ofegante.

Então ele de forma delicada puxou para cima a camisa de noite de alças que vestia. Retirando-a completamente através da cabeça.Ela ficou apenas com as calcinhas de seda cor de fogo vestidas. Puxou-lhe lenta e cuidadosamente as calças de seda até aos pés, tocando-lhe o corpo quente e macio.A sensação de prazer dela era enorme.... quase que não se continha .... queria pedir-lhe que a possuísse ali mesmo.Mas manteve-se imóvel e calada como se estivesse adormecida.

Ele com os seus braços fortes e musculosos pegou nela ao colo e foi deitá-la no sofá da sala de couro coçado. Colocou a cabeça na ponta mais elevada do sofá, estendendo-a ao comprido de maneira a ela ficar numa posição confortável.

Começou a beijá-la suavemente e com uma ternura apaixonada, na cara, na testa, no cabelo, no pescoço.Ela permanecia imóvel, paralisada. Confusa ainda com a situação.Ele com a ponta dos seus dedos longos e delicados começou-lhe a fazer suaves massagens circulares nos seus seios firmes e hirtos, dando-lhe pequenas dentadinhas nas orelhas, no pescoço e nos mamilos erectos.

Ela instintivamente encolheu as pernas, contorcendo-se de prazer e esfregando-as uma na outra.Ele começou a massajar-lhe os pés. Comprimindo-os dentro da sua mão com o dedo polegar fazia-lhe massagens suaves nos dedos dos pés.Ela cada vez mais se contorcia de prazer.

Sentia-se toda molhada e com vontade de gritar. Mas conteve-se. Estava num desejo expectante.Ele acariciava-lhe suavemente as nádegas redondas e firmes procurando com esforço que ela abrisse as pernas de modo a tocar a sua vagina molhada de prazer.

Ela contorceu-se de novo, abrindo ligeiramente as pernas como que a convidá-lo a tocar-lhe.Sentia um formigueiro de desejo no clitóris palpitante. Tinha de tocar-lhe.Ele adivinhou os seus desejos e com a ponta do indicador começou a massajá-lo de forma muito leve de início, aumentando de intensidade quando ela começou a ter ligeiras convulsões.Ela não aguentou mais.

- Amor possui-me, põe-te em cima de mim, penetra-me toda. Não aguento mais este sofrimento. Enfia-mo todo dentro da rata! Fode-me com força!

Ele num movimento rápido baixou ligeiramente as calças e introduziu o seu caralho bem teso como faca quente em manteiga derretida. E com movimentos firmes e ritmados punha-la cada vez mais louca de prazer.

- Fode com mais força, mete esse caralho bem no fundo do meu corpo, atravessa-me toda. Eu sou a tua escrava, eu sou a tua puta, bate-me, trata-me mal. Mais ..mais ...mais.......... Assim, assim, com mais força, com mais força !Ah........Ah.............Ai.........Ai......Ai .... Mais........ Mais...... Força........ Mais força......... Mais...... Amor..... Amôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôôr!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

(Estou toda molhada, molhada....toda....molhada de ti...)

Ele, num gesto rápido, puxou as calças para cima, saltou do sofá, e esgueirou-se pela janela que a cortina mal tapava, saltando para a rua a 1,5 metros de altura.

E ela ficou ali absorta durante alguns minutos até que decidiu tirar a venda dos olhos.

Olhou para todos os lados e não viu ninguém. Chamou pelo Pedro. Mas do Pedro nada. Procurou-o pela casa toda. E nada.Foi sentar-se novamente no sofá e assim permaneceu longos minutos...até que adormeceu.

Acordou com o barulho de uma chaves a abrir a porta.

(continua)


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3 comentários:

sinuosa disse...

hum...
se não fosse noite de lua cheia não te perdoava
mas como é, podes postar mais uma semana
e depois logo se verá se vai haver mais uma semana e outra e outra...
logo se verá :)

sinuosa disse...

valha-nos o salto de 1,5 metros de altura senão não havia aqui nada q se aproveitasse :´(

Isabela Figueiredo disse...

Eu acho que foi sonho. É mesmo a linguagem cheia de lugares-comuns dos sonhos. Imaginário básico. Irreal. Sonho!